Manoel da Costa Falcão: grande contribuidor para o desenvolvimento da princesa

Na juventude, um atacante veloz e decisivo que atuou no Fluminense e não quis se profissionalizar. Depois, com o mesmo empenho, foi um dos precursores da industrialização no município, com decisiva participação na implantação do Centro Industrial do Subaé (CIS), bem como do SENAI e do SESI. Foi um dos fundadores do Centro das Indústrias de Feira de Santana (CIFS) e o seu primeiro presidente.

Com os traços característicos da família, em termos de dinâmica, empreendedorismo e amor pela terra, Manoel da Costa Falcão, filho de João Marinho Falcão e Alexandrina Ribeiro Falcão, deixou uma rica história de vida, impregnada de denodado trabalho e realizações, com importantes avanços para a Cidade Princesa. Jovem, Manuezinho Falcão, como era conhecido, destacou-se no futebol como atacante veloz e corajoso que atuava pela esquerda, não se profissionalizando por não ter interesse. Atuou no forte time juvenil do Fluminense de Feira em 1948, ao lado de outros jovens da época, como seu irmão Walter Falcão, Alberto Oliveira, Osvaldo Torres, Gerson Bullos, Ilo Brasileiro, Vavá Assis e Hugo Schimidt. Depois, foi titular do time de 1950, ao lado de Batista, Pelúcio, Elias e outros que se profissionalizaram.

Político atuante, foi legislador entre 1967 e 1970, presidente da Câmara de Vereadores em 1968, e chegou a ocupar o cargo de prefeito de Feira de Santana no período de 28 a 30 de outubro de 1968, durante viagem oficial do prefeito João Durval Carneiro ao Rio de Janeiro. Pecuarista e homem de acurada visão empresarial, Manoel Falcão implantou a Fábrica de Macarrão e Biscoitos Riviera, próximo ao antigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), na Avenida Rio de Janeiro, e teve decisiva participação no processo de iniciação e consolidação do segmento fabril de Feira de Santana, concretizado com a implantação do Centro Industrial do Subaé (CIS), o que ocorreu entre 1967 e 1971, quando era prefeito do município João Durval Carneiro, na sua primeira gestão, uma vez que ele foi novamente eleito em 1992 para o mandato de 1993/1996, mas afastou-se em 1994 para concorrer ao governo do estado.

Empreendedor por excelência, Manoel da Costa Falcão empenhou-se no projeto de fundação do Centro das Indústrias de Feira de Santana (CIFS) e merecidamente foi o seu primeiro presidente, de 1965 a 1969. Promoveu a I Feira de Amostras das Indústrias de Feira de Santana (FIRAN), no Edifício Mandacaru, com duração de uma semana, quando, além do congraçamento do empresariado e da presença de grande público, foi mostrado o potencial fabril do município, que despontava fortemente com aspiração para se constituir no principal polo industrial do interior baiano. Manoel Falcão teve decisiva participação junto ao Banco de Desenvolvimento do Estado da Bahia (DESEMBANCO) para o apoio financeiro da instituição ao CIS, mediante o financiamento de projetos industriais, com assinatura de propostas sendo sacramentada com a presença da diretoria do banco e do prefeito Joselito Falcão de Amorim no Clube de Campo Cajueiro (CCC).

Outra importante iniciativa do empresário foi propiciar a vinda do Serviço Social da Indústria (SESI), com ampla sede instalada no bairro do Cruzeiro, inaugurada com a presença do governador Luiz Viana Filho. O Serviço de Aprendizagem Industrial (SENAI), com importante contribuição na tarefa de formação de mão de obra especializada para o segmento fabril, também foi consolidado graças à ação de Manoel Falcão. Para a inauguração do SENAI, esteve em Feira de Santana o Dr. Jaime Vilas Boas, presidente da instituição na Bahia. E foi ainda por conta das ponderações desse empresário junto ao governador Luiz Viana Filho, de quem gozava de grande amizade, que a chamada “estrada do feijão”, que deveria começar no município de Santo Estevão, teve o trajeto alterado e ampliado, com o início em Feira de Santana.

Natural de Feira de Santana, Manoel da Costa Falcão nasceu no dia 3 de março de 1932 e deixou a vida em 4 de maio de 1997, aos 65 anos de idade, com um elenco de realizações que não pode ser olvidado pelas novas gerações.

Por Zadir Marques Porto

Fonte: Prefeitura de Feira de Santana

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