
O programa federal Gás do Povo, que se propõe a garantir até seis botijões do produto gratuitos, por ano, para famílias inscritas no Bolsa Família, poderá ter impacto econômico para os cidadãos não beneficiados pelo programa, em Feira de Santana e em todo o país. O alerta é do vereador Lulinha da Gente (União) que, na sessão da Câmara Municipal desta quarta (10), chamou atenção para a possibilidade de aumento no preço do gás e outros combustíveis como forma de compensar a iniciativa.
O vereador destaca que, a partir de janeiro de 2026, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre combustíveis e gás de cozinha, já será reajustado em todo o território nacional. A decisão, publicada na última segunda-feira (8) no Diário Oficial da União, prevê aumento de R$ 0,10 por litro da gasolina, R$ 0,05 no diesel e R$ 1,05 por botijão de gás.
Para Lulinha, a oferta gratuita do gás pode aumentar ainda mais o valor do produto e gerar efeitos contrários ao esperado: “Vão dar gratuidade a uns e cobrar mais caro de outros, porque quando o combustível aumenta, tudo fica mais caro e isso pode afetar até mesmo o preço da cesta básica, o que pode gerar uma crise no comércio e nos mercados, porque os fretes para o transporte dos produtos vão ficar ainda mais caros”.
O vereador Galeguinho (União) destaca que os custos de programas como o Gás do Povo recaem sobre a população em geral. O governo, ele entende, não gera renda. “Somos nós que geramos. Então, isso é tirado dos nossos impostos e colocado nesses programas”, assinalou.
Foto: Edson Costa | Itatiaia
Fonte: Câmara de Feira de Santana