Aeroportos europeus trabalham para que check-in volte ao normal

Foto: © Jonas Roosens/Agência Lusa

Vários dos maiores aeroportos da Europa ainda enfrentam interrupções nesta segunda-feira (22), depois que hackers derrubaram os sistemas de check-in automático fornecidos pela Collins Aerospace, de propriedade da RTX, afetando dezenas de voos e milhares de passageiros desde sexta-feira (19).

As interrupções foram causadas por um ataque cibernético, confirmou a agência de segurança cibernética da União Europeia (UE), acrescentando se tratar de um ataque de ransomware (software malicioso) e destacando os riscos crescentes à infraestrutura e aos setores críticos.

Órgãos de aplicação da lei foram envolvidos na investigação, disse a agência Enisa em comunicado.

Governos e empresas têm sido alvos de ataques cibernéticos nos últimos meses, incluindo a montadora de carros de luxo Jaguar Land Rover, que, em consequência, teve de interromper a produção. 

A Collins informou hoje que trabalha com os aeroportos afetados, incluindo Bruxelas e Londres Heathrow, o mais movimentado da Europa, e que está na fase final das atualizações para ajudar a restaurar o funcionamento.

O aeroporto de Berlim, que enfrenta número de passageiros maior que o normal nesta segunda-feira devido à Maratona de Berlim, ainda não teve seus sistemas recuperados e relatou atrasos de mais de uma hora nas partidas.

Um passageiro descreveu o processo de embarque como semelhante ao das primeiras décadas das viagens aéreas comerciais, com cartões de embarque escritos à mão.

O Aeroporto de Bruxelas usa iPads e laptops para fazer o check-in online dos passageiros. Dos cerca de 550 voos que partem e chegam, 60 tiveram que ser cancelados hoje, segundo a empresa.

O Aeroporto de Dublin sofre “impacto mínimo” e tem em vigor alguns procedimentos manuais.

Pesquisa realizada com cerca de mil empresas pelo grupo industrial alemão Bitkom revelou que o ransomware — software malicioso que bloqueia os dados até que a vítima pague para ter o acesso restaurado — foi a forma mais comum de ataque cibernético, com uma em cada sete empresas tendo pago resgate.

*(Reportagem de Christoph Steitz, Frankfurt; Klaus Lauer, Sabine Siebold, Bart Meijer e Conor Humphries)

*É proibida a reprodução deste cvonteúdo.

Fonte: Agência Brasil

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