
Previstas no calendário pedagógico da rede estadual de ensino, as ações do Setembro Verde do Núcleo Territorial de Educação do Litoral Sul (NTE 5) estão envolvendo os estudantes da classe hospitalar do Centro de Hemodiálise do Hospital São Lucas, em Itabuna. Este ano, as atividades para esses alunos em tratamento estão sendo aplicadas com diferentes abordagens, incluindo debates, vídeos, atividades escritas, apresentação dos órgãos através de um modelo de dorso 3D e o “Vida em jogo”, que traz perguntas voltadas à doação de órgãos.
Além de celebrar o Dia Nacional de Doação de Órgãos (27/9), a campanha nacional de conscientização do Setembro Verde promove a luta pela inclusão da pessoa com deficiência, que tem na data de 21 de Setembro, o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. Tendo o verde como símbolo de esperança e vida, a campanha de incentivo à doação de órgãos promove uma reflexão sobre a importância de divulgar as informações a respeito do tema, a partir do aprendizado com atividades escritas, jogos e debates, contando com o apoio da equipe multidisciplinar do hospital e de professores do Colégio Estadual Ana Nery, sediado no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador.
De acordo com a equipe de docentes do NTE 5, as atividades do Setembro Verde representam momentos significativos para que professores e estudantes reflitam sobre a necessidade de informações e conscientização sobre o assunto. A iniciativa é considerada, também, um incentivo para os estudantes/pacientes renais crônicos atualizarem seus exames médicos, se mantendo aptos ao transplante. “Fazer parte dessa jornada com os alunos e poder renovar suas esperanças, tirando dúvidas e falsas impressões, permitem aos docentes realizar uma educação de fato humanizada e inclusiva”, explica a diretora do Colégio Estadual Ana Nery, Giselly de Oliveira, acrescentando que a abordagem da campanha, este ano, gira em torno da pergunta “O que você precisa saber sobre a doação de órgãos?”.
Conscientização
A paciente renal crônica Maraildes de Jesus Santos, 64 anos, estudante da Educação de Jovem e Adulto (EJA), é uma das que tiveram na ação do Setembro Verde um estímulo para realizar os exames preparatórios ao cadastramento na fila do transplante. “Não tinha feito, até então, por não acreditar em conseguir um novo rim. Este pensamento mudou ao participar das atividades propostas e diante das informações apresentadas pelos professores sobre o tema”.
Darlisson Damaceno Santos, 36 anos, também paciente renal crônico e estudante do EJA, disse que a campanha está servindo para refletir sobre a importância de todos compreenderem que a doação de órgãos significa dar uma nova chance de vida a quem precisa. “É uma oportunidade aos que aguardam na fila do transplante a voltar a ter uma vida normal e, para isso, é necessário que as famílias queiram fazer essa bondade, esse gesto de amor ao próximo pode manter uma parte viva daquele parente querido que partiu”.