
O governador Jerônimo Rodrigues e a secretária Estadual de Saúde, Roberta Santana, precisam criar uma forma que possibilite o chamado imediato pela regulação dos pacientes classificados como “casos de urgência”. A cobrança foi feita pelo vereador Lulinha da Gente (União) durante pronunciamento na Tribuna da Câmara. Conforme entende ele, já está na hora do Governo do Estado organizar a transferência deste tipo de doentes com urgência. “Porque a policlínica estabiliza e pede a transferência, mas não consegue regular. Aí depois a família é que vai sofrer com as consequências. Eles precisam ver uma maneira para que estes casos de regulação não demorem tanto para sair”, reclamou.
Lulinha explicou que devido a este tipo de situação, viu circulando um pedido na internet referente a um jovem de 24 anos, que estava internado na policlínica de São José, precisando ser regulado urgentemente para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) ou alguma unidade de Salvador. Pelo tamanho e importância de Feira, afirmou o parlamentar, o governo já deveria ter assumido o compromisso de fazer um novo hospital geral no município. “Tem que construir uma nova unidade regional, como foi prometido pelo ex-governador Rui Costa, mas que nem ele, nem o atual gestor fez”, criticou.
IVAMBERG
A questão não se resume, segundo intervenção do Professor Ivamberg (PT), apenas à atuação do estado na problemática. A saúde é um direito de todos, mas a responsabilidade é repartida entre as esferas federal, estadual e municipal. “Recai sobre os três entes. E a questão é que temos que aumentar a capacidade de leitos. Se tivermos leitos para regular todo mundo, teremos vagas mais facilmente”, assinalou, lembrando que o prefeito José Ronaldo levou o pleito do hospital municipal de Feira na “Missão Brasília”, recentemente.
Esta iniciativa, quando concretizada, vai ajudar muito a diminuir a demanda do Clériston. A regulação para lá demora, acrescenta Ivamberg, porque a unidade recebe pacientes de cerca de 130 municípios. “Se a questão é falta de leitos, como as pessoas que estão precisando de UTIs disponíveis vão ficar no corredor aguardando? A gente viu cidades pequeninas, em Brasília, todas com hospital. É o que precisamos aqui”, ressaltou o professor.
Em resposta ao colega, Lulinha disse acreditar que a construção do hospital é importante, mas não resolverá o problema que ele apontou. “Porque se refere a alta complexidade, que é de responsabilidade do Estado. Nesta parte de angiologia e cardiologia, por exemplo, o povo sofre. Angioplastia tem que ir para Itaberaba”, pontuou.
Foto: Ascom/Sesab
Fonte: Câmara de Feira de Santana