
A mudança de nome de algumas escolas da rede estadual em Feira de Santana foi tema de pronunciamentos na sessão desta terça (14) da Câmara Municipal. O vereador Edvaldo Lima (União) discorda da medida, por parte do Governo do Estado. “Pode apagar parte da memória da cidade”, disse ele. Para o parlamentar, a história local está sendo “destruída aos poucos” e a população não foi consultada sobre as mudanças. Ele citou escolas conhecidas que tiveram os nomes modificados.
Alguns exemplos de unidades de ensino que tiveram substituição das antigas denominações, são o Colégio General Osório, que agora se chama Professora Carminda Mascarenhas Vieira; Colégio Polivalente, transformado em Colégio Estadual de Tempo Integral (CTI) Professora Ana Alice Figueiredo dos Santos; Uyara Portugal, atual Escola Carolina Maria de Jesus; e o General Sampaio, renomeado como CTI Professora Célia Santos Andrade.
“A história da nossa cidade é muito linda, mas infelizmente está sendo destruída e as pessoas não estão percebendo”, declarou o vereador, lembrando que estudou no antigo General Osório. Edvaldo também informou que já acionou o setor jurídico da Câmara para ingressar com uma ação contra a mudança dos nomes. “Isso é um desrespeito com a história e com os cidadãos de Feira de Santana”, completou.
O vereador Jorge Oliveira (PRD) lembra que situações semelhantes também ocorreram na rede municipal: “No governo passado, uma escola construída por Oyama Figueiredo teve o nome alterado após reforma e já estamos solicitando o retorno da denominação original”, disse o parlamentar. O vereador Jurandy Carvalho (PSDB) acrescenta que o mesmo ocorreu com a Escola Emília Pedra Braga, no distrito de Jaguara. “Era uma professora respeitada, com grandes serviços prestados”, pontuou.
O vereador Pedro Américo (Cidadania) destacou que há uma lei municipal veda homenagens a pessoas envolvidas com práticas de tortura. Acrescentou que há legislação impedindo o uso de nomes de pessoas vivas em prédios públicos e, em alguns casos, a mudança ocorre por esse motivo.
Foto: Ney Silva | Acorda Cidade
Fonte: Câmara de Feira de Santana



