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Os chilenos compareceram em massa às urnas neste domingo para eleger um novo presidente, em uma eleição na qual nenhum candidato parece ter vantagem suficiente para evitar um segundo turno em dezembro.
As seções eleitorais abriram, em sua maioria, às 8h, horário local (11h GMT), para receber os 15,8 milhões de eleitores registrados e fecharão às 18h, horário local, a menos que haja eleitores na fila.
Conforme a manhã avançava, observou-se um aumento no fluxo de pessoas para as seções eleitorais, onde o presidente Gabriel Boric votou antecipadamente em sua cidade natal, Punta Arenas, no extremo sul do país.
“Estes são os momentos em que, além das legítimas diferenças inerentes à democracia, que devem ser expressas com respeito, também nos unimos na busca de um futuro comum”, disse ela após votar, segurando sua filha pequena, Violeta, nos braços.
Enquanto o centro-esquerda governista se uniu em torno da candidata comunista, Jeannette Jara, o que facilitaria sua passagem para o segundo turno, a direita se dividiu entre três candidatos, embora as pesquisas publicadas até o início do mês, devido a uma proibição legal, colocassem o conservador José Antonio Kast na liderança.
Se nenhum candidato atingir 50% + 1 dos votos, os dois com as maiores porcentagens se enfrentarão no segundo turno, em 14 de dezembro. Há um total de oito candidatos à presidência.
Apesar da vantagem de Jara, as pesquisas estimam que ela perderia no segundo turno para qualquer candidato de direita.
O dia também será marcado pelo retorno, desde 2012, do voto obrigatório nas eleições presidenciais, com todos os adultos aptos a votar. Na última eleição presidencial, há quatro anos, a abstenção foi de 53%.
Eleições parciais para o Congresso também serão realizadas hoje, o que pode alterar o equilíbrio de poder para o novo governo. Qualquer reforma constitucional exige o apoio de quatro sétimos dos legisladores, que são 29 senadores e 89 deputados.
O crime e a imigração ilegal têm dominado a campanha em meio a um aumento da violência e do crime organizado, que alguns candidatos atribuem a organizações criminosas como o Tren de Aragua, de origem venezuelana.
Como o voto é obrigatório no país sul-americano, multas são aplicadas a quem não vota, penalidade que atualmente exclui estrangeiros. No entanto, o número total de eleitores estrangeiros aptos a votar representa apenas 5% do cadastro eleitoral.
O Chile é o maior produtor mundial de cobre e o segundo maior produtor de lítio; contudo, durante a campanha, os principais candidatos não apresentaram propostas relevantes para o setor.
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Fonte: Agência Brasil


