Sábado de teatro e encanto no Natal Encantado 2025

Risos, olhares atentos e crianças sentadas no chão, bem próximas ao palco. Foi assim que o Estacionamento da Prefeitura de Feira de Santana, na Avenida Getúlio Vargas, se transformou, neste sábado (21), em um grande cenário de imaginação e encontro. O Natal Encantado 2025 ganhou contornos ainda mais especiais com uma programação dedicada ao teatro e à música, reunindo famílias inteiras em uma tarde marcada por afeto, arte e celebração.

Uma história conhecida, contada de outro jeito

Às 16h, o espetáculo “Auto do Natal – A Estrela do Menino Rei”, da companhia de teatro do CUCA, abriu a programação, conduzindo o público por uma releitura sensível do nascimento de Jesus. A montagem misturou teatro, circo e música, com referências nordestinas que aproximam a narrativa do cotidiano e da identidade cultural da cidade.

No palco, músicos, artistas circenses e atores dividiram a cena, criando uma encenação dinâmica e acessível para todas as idades. Para a coordenadora do espetáculo, Elizete Destefani Motte, essa construção coletiva é o que dá força ao Auto. “É um prazer apresentar este espetáculo, que traz uma história conhecida por todos dentro de uma ótica diferente. Reunimos um elenco diverso, que se encontra todos os anos para construir esse momento, sempre com a intenção de fechar o ano levando uma mensagem de amor, esperança e paz”, destacou.

Quando o teatro conversa com o público

A cada música e mudança de cena, era possível perceber a atenção das crianças, que reagiam aos personagens, acompanhavam os gestos e se deixavam conduzir pela narrativa. A trilha sonora, com direção musical de Sousa, reforçou esse vínculo ao trazer elementos do Nordeste para uma história milenar.

“É uma forma de perguntar como essa história pode ser contada hoje, a partir do nosso território, da nossa cultura. O teatro tem essa capacidade de atravessar as pessoas e provocar novos olhares”, completou Elizete.

Brincadeira, música e muita interação

Logo depois, às 17h, o clima de encanto ganhou ainda mais leveza com a apresentação do Grupo Musical Pé de Lata. Com canções e personagens carismáticos, o grupo trouxe a história da Dona Baratinha, que decide fazer uma grande festa de Natal e convida os amigos da floresta para celebrar.

A apresentação transformou o espaço em uma grande brincadeira coletiva, com crianças cantando, batendo palmas e acompanhando cada movimento no palco. Para a cantora Patrícia Almeida, esse contato direto com o público é o que dá sentido ao trabalho do grupo. “É uma alegria enorme participar de um evento que pensa nas crianças e nas famílias. Quando a cidade abre espaço para esse tipo de espetáculo, ela convida as pessoas a viverem a cultura juntas, na rua”, afirmou.

Uma tarde que vira memória

Mais do que um espetáculo assistido, o sábado do Natal Encantado foi vivido. Pais pararam para olhar, crianças se aproximaram do palco, celulares deram lugar à atenção e, por algumas horas, a rotina cedeu espaço à fantasia. Entre histórias, músicas e brincadeiras, o teatro cumpriu seu papel mais simples e mais potente: reunir pessoas.

O Natal Encantado segue mostrando que, quando a arte ocupa os espaços da cidade, ela cria algo que vai além do palco — cria lembranças que acompanham quem esteve ali muito depois do fim da apresentação.