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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, falou hoje (25) ao telefone com os emissários dos Estados Unidos (EUA) Steve Witkoff e Jared Kushner, depois de, nessa quarta-feira, ter revelado os detalhes da versão mais recente do plano norte-americano para a paz na Ucrânia.
“Discutimos detalhes substantivos do trabalho em curso. Há boas ideias que podem contribuir para um resultado comum e uma paz duradoura”, afirmou Zelensky, em publicação no Facebook.
Agradecendo a Steve Witkoff e Jared Kushner (genro do presidente norte-americano, Donald Trump) “a abordagem construtiva” e o “trabalho intensivo” de ambos, o chefe de Estado ucraniano disse esperar que os entendimentos e ideias discutidos neste dia de Natal venham a ser úteis.
Em declarações feitas na terça-feira (23) e divulgadas ontem, Zelensky afirmou que a versão mais recente do plano dos Estados Unidos para a Ucrânia prevê o congelamento das linhas de frente, mas não resolve a possível cessão de território à Rússia.
De acordo com o presidente ucraniano, o texto estabelece que “a linha de posicionamento das tropas à data desse acordo é a linha de contato reconhecida de fato”, situação que abriria caminho a discussões sobre a criação de possíveis zonas desmilitarizadas.
“Um grupo de trabalho vai se reunir para determinar o reposicionamento das forças necessárias para pôr fim ao conflito, bem como para definir os parâmetros de possíveis futuras zonas econômicas especiais”, acrescentou.
O plano, apresentado há quase um mês, tem sido objeto de negociações separadas dos norte-americanos com ucranianos e russos.
O pacto tem como objetivo encerrar quase quatro anos de guerra entre a Rússia e a Ucrânia, embora a concordância de Moscou não esteja garantida, pois as autoridades russas não mostram vontade de abandonar os objetivos.
Segundo Zelensky, as negociações entre Kiev e Washington ainda não conduziram a um consenso sobre essas questões territoriais, uma vez que Moscou exige, em particular, que a Ucrânia ceda a porção da região leste de Donetsk, que ainda está sob o seu controle.
A nova versão também não exige que a Ucrânia renuncie formalmente à adesão à Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan), outra grande exigência russa.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e, desde então, a guerra já custou dezenas de milhares de vidas civis e militares aos dois países.
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Fonte: Agência Brasil



