
O Festival Virada Salvador 2026, que começa neste sábado (27) na Arena O Canto da Cidade, na Boca do Rio, conta com uma Central de Reciclagem estruturada para garantir a destinação correta dos resíduos recicláveis e ampliar a geração de renda para catadores durante a festa O funcionamento do espaço segue até as 12h de 1º de janeiro.
A iniciativa integra as ações sustentáveis empregadas pela Prefeitura para o festival e tem como objetivo organizar a destinação correta dos resíduos gerados pelo público ao longo da programação. A central funciona de forma ininterrupta, recebendo materiais como plástico, PET e latinhas.
O espaço, segundo o titular da Secretaria de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis), Ivan Euler, segue o modelo adotado em grandes eventos da capital baiana. “A estrutura é a mesma dos anos anteriores e, para a operação dela, foi escolhida uma cooperativa que já tem essa parceria com o município, que é remunerada pela Ambev”, explicou.
A entidade selecionada para a operação foi a Coop Rede, que reúne as cooperativas Bariri, Coopcicla e Crun. Ao todo, cerca de 50 catadores cooperativados atuam em três turnos, além de mais 150 trabalhadores autônomos.
“Os cooperados são remunerados e, da mesma forma que ocorre no Carnaval, a cooperativa compra dos catadores autônomos o material com preço justo. Com as melhores atrações e a previsão de não ter chuva, acreditamos que teremos mais público, consequentemente mais consumo e, com certeza, mais material chegando para a cooperativa”, acrescentou Euler.
Os valores pagos pelos materiais seguem tabela definida para o evento, sendo R$ 8 o quilo da latinha, R$ 1 o quilo do plástico e R$ 2 o quilo do PET. A cada 15 quilos de plástico e PET entregues, o catador recebe uma bonificação de R$ 30.
A Central de Reciclagem também disponibilizou 140 kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), compostos por camisa, bermuda, meia, bota, luva, protetor auricular e saco de ráfia. A estrutura montada inclui ainda banheiros químicos e caminhão-baú. O investimento total na ação é de R$ 200 mil.
Desde 2018, a Central de Reciclagem integra a programação do festival, segundo o assessor-chefe de planejamento da Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb), Thiago Figueiredo. “Sempre tentamos melhorar a ação a cada ano, trazendo mais EPIs e mais estrutura para os catadores, sejam cooperativados ou autônomos. No ano passado, coletamos cerca de 12,3 toneladas. A expectativa para o Virada 2026 é de um quantitativo ainda maior”, afirmou.
Presidente da Crun e da Coop Rede, Cristiano Alves ressaltou o impacto social da iniciativa. “É uma ação importante de coleta seletiva no Festival da Virada, que atende mais de 200 famílias. Estamos aqui para dar o melhor atendimento possível. Conseguimos entregar EPIs completos para que eles possam trabalhar com dignidade”, disse.
Segundo Cristiano Alves, muitos catadores dependem diretamente desses grandes eventos. “Muitas famílias contam com esse período para aumentar a renda no fim do ano. A cada edição, percebemos que a Prefeitura vem valorizando mais os catadores, garantindo melhores condições de trabalho e uma remuneração justa”, avaliou.
Morador do Bairro da Paz, Valnei Santos da Silva, 38 anos, atua como catador no Festival Virada Salvador 2026 e elogiou o cuidado da iniciativa com o bem-estar dos trabalhadores. “Com o EPI, a gente não corre o risco de cortar a mão na latinha, de se sujar ou de machucar os pés. Pretendo bater minha meta para todos os dias de festa.”
Fotos: Thaís Tosta/ Secom PMS
Fonte: Prefeitura de Salvador




