
“Aqui é bem melhor, mais organizado e muito confortável. Se não fosse esse espaço, eu teria um gasto enorme para resolver minhas coisas na cidade.” É assim que a agricultora Maria Laudilo Souza, de 70 anos, moradora do NH3, resume a importância da Casa da Mulher Rural Maria Senhora Alves Machado, equipamento que realizou 414 acolhimentos ao longo de 2025, fortalecendo a rede de apoio às trabalhadoras do campo.
Administrada pela Secretaria da Mulher e Juventude (SMJ), a Casa da Mulher Rural passou por um momento marcante neste ano: a reinauguração do equipamento, com mudança de endereço no mês de julho, garantindo mais conforto e ampliação da estrutura física. A unidade passou a funcionar na Rua do Paraíso, nº 152, no bairro Santo Antônio, em um imóvel mais amplo e adequado para os atendimentos.
Usuária frequente do espaço, Maria Laudilo destaca que a nova estrutura faz diferença no dia a dia de quem precisa permanecer na cidade para resolver demandas. “Aqui a organização é melhor do que na outra casa, é mais confortável. Eu não tenho família em Juazeiro. Tenho uma sobrinha em Petrolina, mas fica longe. Quando não dá pra voltar pra casa, eu durmo aqui”, relata.
Ela reforça ainda o impacto econômico que o equipamento evita. “Se não fosse esse espaço, eu ia gastar muito. Só de passagem, pra vir à noite, voltar e vir de novo no outro dia, seriam quase R$ 100, fora comida, água, lanche. Fica muito caro”, explica.
A mudança para um espaço maior também possibilitou a ampliação das atividades desenvolvidas pela Casa. Entre as ações de destaque em 2025 estão a oficina de fuxico, realizada em parceria com a AMA – Aconchego Melhores Amigos, e as rodas de conversa promovidas por alunas do curso de Pedagogia da UNEB – Campus III, que realizaram estágio supervisionado no equipamento.
A Casa da Mulher Rural leva o nome de Maria Senhora Alves Machado, liderança comunitária de Maniçoba e referência na luta pelos direitos das mulheres rurais. Seu legado inspira o trabalho desenvolvido no local, que segue garantindo acolhimento humanizado, proteção social e dignidade às trabalhadoras do campo que precisam estar na cidade.
Com os 414 acolhimentos registrados em 2025, a Casa da Mulher Rural reafirma sua importância como política pública essencial, especialmente após a reinauguração, que ampliou a capacidade de atendimento e melhorou significativamente as condições oferecidas às usuárias.




