No final da tarde da última segunda-feira (15), o Colégio Gregor Mendel reuniu profissionais da comunicação de Feira de Santana em uma coletiva de imprensa para apresentar oficialmente sua chegada à Princesa do Sertão.
O prédio, que desde agosto abriga a terceira unidade do grupo — que tem escolas em Salvador e Santo Antônio de Jesus — foi escolhido por sua localização estratégica e imponência arquitetônica. Originalmente construído para funcionar como um apart-hotel que nunca chegou a operar, o edifício tornou-se, posteriormente, objeto de negociação para a instalação de um hospital, projeto que não foi adiante. Após o encerramento dessas tratativas, o Colégio Gregor Mendel firmou contrato de locação de longo prazo, com duração mínima de vinte anos, garantindo estabilidade para a operação.
Durante a coletiva, o empresário Júlio Torres, diretor executivo e representante dos sócios mantenedores do grupo, apresentou um breve histórico institucional, relembrando a fundação da primeira unidade do Colégio Gregor Mendel na capital baiana, em 1988, e a trajetória de crescimento sustentada pelos valores de responsabilidade, excelência acadêmica e compromisso com a formação humana.
Júlio também destacou que as unidades do Gregor Mendel possuem gestão e autonomia administrativas próprias, o que garante a independência de suas operações e a continuidade das atividades educacionais em qualquer cenário. Ele ressaltou que a chegada a Feira de Santana representa a expansão de um projeto educacional consolidado, que há mais de três décadas contribui para o desenvolvimento da educação na Bahia.
Em seguida, o diretor Randyson Freire falou sobre as perspectivas pedagógicas e institucionais, reforçando o compromisso com a comunidade feirense e o propósito de construir um ambiente escolar moderno, seguro e centrado na formação cidadã dos alunos. Randyson destacou nomes de personalidades do esporte e da arte que já passaram pelas salas de aula do Gregor Mendel, como a atleta Ana Marcela Cunha, os atores Lázaro Ramos, Vladmir Brichta e Wagner Moura.
Ele falou com grande entusiasmo do projeto bilíngue do grupo. “Eu não tenho inglês dentro da sala de aula com uma turma de 25, 30 alunos, todos em níveis diferentes de inglês, onde o professor em 50 minutos não consegue trabalhar a fluência em inglês com todo mundo. Isso é humanamente impossível. A gente tem salas de inglês em níveis diferentes, igual no curso de inglês. Então o aluno, no momento da aula de inglês, tem mais de um professor possibilitando trabalhar dentro do nível que o aluno está.”
DE APART-HOTEL A SEDE DO MAIOR COLÉGIO DE FEIRA DE SANTANA
Júlio Torres detalhou na entrevista coletiva os motivos que levaram o grupo a decidir em se instalar na avenida Getúlio Vargas. Ele falou também dos entraves burocráticos e todas as medidas para viabilizar a instalação do colégio neste endereço.
“O prédio, como apart-hotel, não vingou. Daí veio a ideia do hospital — que, de fato, é verdadeira. Houve contratos assinados e, inclusive, as obras chegaram a ser iniciadas aqui dentro”, contou Júlio. “Só que, para que o hospital seguisse adiante, o primeiro passo seria a modificação dos elevadores, porque não cabe uma maca dentro deles. Esses elevadores foram projetados para um hotel, para um flat, e não para um hospital. Os corredores, por exemplo, têm medidas adequadas para um colégio, mas não para um hospital. Então, o projeto acabou não dando certo. Quando o negócio foi declinado, o prédio foi oferecido a nós. E foi nesse momento que visualizei todo o potencial do espaço”, revelou Júlio.
“Elaboramos então uma série de laudos: estrutural, elétrico, hidráulico e patológico — este último analisa toda a estrutura do prédio, da fundação ao último andar, atestando a segurança do imóvel. Esses documentos serão entregues à Prefeitura e, junto com o alvará de construção, permitirão a emissão do “habite-se’ e, posteriormente, do alvará de funcionamento. ”
Outra etapa contemplada no processo de obtenção da autorização de funcionamento são os estudos de impacto de vizinhança e de trânsito. “Não dá para fugir disso, especialmente em um endereço como a Avenida Getúlio Vargas. Todo empreendimento desse porte precisa apresentar esses estudos à Prefeitura, e nós fizemos isso com total transparência. ”
Júlio detalhou que, de acordo com o projeto aprovado, não haverá portaria voltada para a Avenida Getúlio Vargas. “A nossa portaria principal faz a ligação entre a Rua Realeza, do lado esquerdo do prédio, e a Rua São Domingos, do lado direito. O Colégio Gregor Mendel adquiriu um terreno na Rua São Domingos, que tem ligação direta com o edifício”, explicou.
A proposta prevê que os veículos entrem pela Rua Realeza, seguindo o fluxo indicado pelos órgãos de trânsito, e que os alunos sejam deixados no subsolo da escola, onde haverá uma área exclusiva de embarque e desembarque. A saída dos veículos será feita pela Rua São Domingos, criando um fluxo contínuo, semelhante a um sistema de “drive-thru”.
“A ideia é simples e eficiente. Trânsito não é só uma preocupação da Prefeitura, é também uma preocupação da escola”, destacou Júlio. “Imagina um pai que precisa deixar ou buscar o filho e perde 40 minutos pra sair daqui. Isso afeta o cotidiano das famílias e até a decisão de matrícula. Sabemos que toda escola gera um certo engarrafamento, mas o que precisamos é evitar o caos. Por isso, a Getúlio Vargas não será usada como portaria principal. A entrada e a saída pela Realeza e São Domingos vão permitir fluidez e segurança. ”
VISITA GUIADA
Ao final da entrevista coletiva, os profissionais de imprensa foram convidados a circular pelas dependências do colégio. Durante a visita guiada, todos puderam conhecer de perto a estrutura física, as modificações que foram feitas para que cada andar possa abrigar as etapas educacionais – educação infantil, ensino fundamental I e II, e ensino médio – com funcionamento independente, respeitando características e requisitos com salas automatizadas, laboratórios modernos, espaço de cultura maker, estações gamers, bibliotecas, espaços de convivência, área de alimentação, dotada inclusive de um restaurante, e os ambientes pedagógicos da nova unidade, projetados para oferecer uma experiência educacional contemporânea e acolhedora, quadra poliesportiva e um teatro multiuso, com foco no desenvolvimento das mais diversas competências dos alunos.
As aulas começam na primeira semana de fevereiro e o colégio já superou a marca de 700 matrículas.



