Conjunto Feira X: uma grande cidade dentro de uma metrópole

No mês de agosto, o Feira X completou 40 anos, constituindo-se em um empreendimento vitorioso do governo estadual como parte da implantação do Centro Industrial do Subaé (CIS). Maior que centenas de cidades baianas e outras tantas urbes brasileiras, o Conjunto Habitacional João Durval Carneiro reflete com perfeição o desenvolvimento da metropolitana Princesa do Sertão.

Com população superior à de 200 municípios da Bahia e classificado, anos atrás, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento como ‘maior conjunto habitacional da América Latina’, o Feira X, na parte sudeste de Feira de Santana, pela sua dimensão e importância, projeta-se de maneira natural, atraindo atenção de novos moradores pela reconhecida possibilidade de que ali viver não difere do que é oferecido por outras comunidades rotuladas como sedes de inúmeros municípios brasileiros.

Na verdade, o Conjunto Habitacional João Durval Carneiro, popularizado como Feira X (pelo nome oficial ninguém conhece), após o período de construção — mais de um ano — foi inaugurado em 22 de agosto de 1985, portanto há 40 anos, contando então com 20 ruas e 198 caminhos, e, nesse espaço urbano, 3.621 casas. O nome é uma homenagem ao dentista feirense João Durval Carneiro, que foi prefeito local (1967/1971) e em (1993/1996), mas só ficou na prefeitura local de janeiro de 1993 a março de 1994, já que renunciou para concorrer ao governo do estado, sendo eleito. O núcleo custou ao estado da Bahia, por se tratar de um empreendimento estadual, 70 bilhões de cruzeiros (valor da época).

A localização derivou-se da implantação do próspero Centro Industrial do Subaé (CIS), com o objetivo de atender, prioritariamente, aos trabalhadores do novo parque fabril, que poderiam ficar próximos das empresas com as suas famílias. Foram edificados em seguida, como ampliação do conjunto, os embriões – 862 casas de um quarto e 940 com dois quartos – totalizando 1.819 embriões. Hoje, não há com exatidão o número de moradas nem de moradores, uma vez que em redor da área do conjunto ocorreram invasões e muitas casas também foram construídas de forma legal e incorporadas ao conjunto.

As ruas e caminhos originalmente foram designados com letras do alfabeto, seguidas de algarismos romanos. Assim, na primeira etapa, foram denominadas as ruas A, B, C, C-1, D, D-1, E, E-1, F, F-1, G, H, J. Os caminhos da letra A-1 até A-XVIII. Na segunda etapa, ruas L, M, N, O, P, Q. Depois houve modificação nas denominações que teriam sido feitas oficiosamente. Nas quatro décadas de existência, o Feira X acompanhou o desenvolvimento da Cidade Princesa, em todos os ângulos, contando com uma população expressiva, comércio forte, escolas, postos de saúde, feira-livre, praças, campo de futebol, posto policial, igrejas e diversos serviços essenciais, próprios de uma cidade.

Por Zadir Marques Porto

Fonte: Prefeitura de Feira de Santana

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