
O ano começou valorizando raízes profundas. Em março, o apoio à tradicional Festa de São José, na Ilha do Rodeadouro, valorizou a cultura ribeirinha e quilombola, preservando uma celebração centenária que une fé, samba de véio e memória coletiva.
“É uma tradição muito bonita, de reflexão e oração, que não pode acabar”, destacou Emerson Oliveira, conhecido como Pai Bimbo, ao falar sobre a importância do encontro de Penitentes em Juazeiro. Na quaresma, o encontro de Penitentes manteve viva uma das mais antigas manifestações religiosas do município, com suporte estrutural e logístico que garantiu segurança, visibilidade e respeito a um ritual que atravessa gerações.
Abril e maio trouxeram a cultura para perto das pessoas. Com o projeto Cinema na Praça, a Seculte levou o audiovisual a bairros da sede e comunidades do interior, transformando praças em salas de cinema a céu aberto e ampliando o acesso à arte como espaço de diálogo, educação e convivência. No mesmo período, a Semana Santa ganhou força com o edital da Paixão de Cristo, que garantiu investimento direto em grupos culturais e levou a Via Sacra a diferentes territórios, fortalecendo a fé como expressão artística e popular.
Entre maio e junho, o São João da Gente marcou a retomada dos festejos juninos descentralizados, espalhando forró, quadrilhas e ações de cidadania por bairros e distritos. A iniciativa valorizou artistas locais, movimentou a economia criativa e devolveu às comunidades o protagonismo da festa, em um projeto que rendeu reconhecimento estadual e destacou Juazeiro como referência na preservação das tradições nordestinas.
“É maravilhoso ver o forró, o baião e o pé de serra sendo valorizados novamente nos bairros”, destacou o cantor Sérgio do Forró durante o São João da Gente.
No segundo semestre, Juazeiro passou a ocupar o centro do mapa cultural e turístico do país. O Congresso Brasileiro de Agroecologia projetou a cidade nacionalmente, unindo debates, atos culturais e intensa movimentação econômica. Em seguida, o Juazeiro Trade Tour abriu novas portas para o turismo local, conectando empresários, operadoras e experiências do território, enquanto o Grand Petit Terroir transformou a orla em vitrine de sabores, música e negócios, fortalecendo a economia criativa e o sentimento de pertencimento.
“Não é em todo lugar que você puxa Garota de Ipanema e uma multidão inteira canta. Isso é Juazeiro”, resumiu o cantor Alexandre Leão, ao traduzir o sentimento coletivo vivido nos grandes eventos culturais da cidade, como foi o Festival A Bossa.
O encerramento do ano foi marcado por grandes festivais e celebrações. O Festival Edésio Santos da Canção ganhou novo formato, ampliou plateias e registrou oficialmente suas apresentações, enquanto o Festival A Bossa! colocou Juazeiro no circuito nacional da música ao celebrar a Bossa Nova na terra de João Gilberto, com impacto direto na rede hoteleira, no comércio e na projeção da cidade.
“Nos quatro dias zeramos todo o nosso estoque. Saio daqui grato por tudo que vivi e aprendi em Juazeiro, uma cidade acolhedora”, afirmou Carlos Cezar, expositor do Grand Petit Terroir. Na sequência, o Natal da Família Juazeirense iluminou praças e afetos, reunindo moradores e visitantes em um clima de confraternização que fechou o ano com emoção e ocupação dos espaços públicos.
“Consegui levar mais longe o nome da minha comunidade, que é quilombola, e representar Juazeiro”, afirmou Elisabete dos Santos, campeã geral da Meia Maratona Tiradentes.
O olhar da Prefeitura de Juazeiro já se volta para 2026, com a certeza de que o caminho está aberto para voos ainda mais altos. O próximo ano começa com a preparação daquele que promete ser o maior Carnaval dos últimos anos, reunindo grandes estrelas, fortalecimento dos artistas locais e intensa movimentação cultural e econômica. No mesmo ritmo, a cidade se prepara para o retorno da Fenagri, evento que marca gerações e reafirma Juazeiro como polo de negócios, cultura e desenvolvimento regional, projetando o município para um novo ciclo de grandes encontros e oportunidades.




