
Cooperativas da agricultura familiar de todo país estiveram, nesta quinta-feira (11), no Encontro Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar, no Costa Azul, em Salvador, para discutir produção, mercado e políticas públicas para os pequenos produtores brasileiros. Durante o evento, que integra a programação da 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, o Estado anunciou cinco editais do projeto Bahia que Produz e Alimenta para produtores de mandioca, fitoterápicos da agricultura familiar e pequenos pecuaristas de ovinos, caprinos e de ovos caipiras. Para o fomento ao turismo rural e de base comunitária, também foi lançado o edital de apoio à ampliação dos roteiros turísticos no meio rural.
“O negócio cooperativo tem cadeias que ainda têm pouca visibilidade. Então, nós saímos desse lugar para garantir as leis, a segurança jurídica, o orçamento. Esse encontro vai intercambiar práticas, tanto de produção, quanto de gestão para exportação, para além dos ambientes e das fronteiras nacionais, para que o mundo veja a capacidade da Bahia”, enfatizou o governador Jerônimo Rodrigues.
Nos editais da administração estadual, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), estão previstos R$ 30 milhões para o Raízes da Bahia, destinado à produção, beneficiamento e comercialização de derivados da mandioca; R$ 15 milhões para o Cabritos e Cordeiros da Bahia, com foco na cadeia de caprinos e ovinos; e R$ 24 milhões para o Galinha Caipira da Bahia, que abrange classificação, certificação e venda de ovos caipiras. Também foram lançados editais de R$ 7 milhões para a estruturação de unidades de produção de fitoterápicos e de R$ 7 milhões para as iniciativas de turismo rural de base comunitária.
O Governo do Estado e o Governo Federal também aderiram aos Programas Cooperar para Exportar e Coopera Mais Brasil, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). “A agricultura familiar é responsável por um cardápio enorme de alimentos e a Bahia tem uma agricultura familiar muito sofisticada, inclusive com uma estruturada agroindústria. Agora, abrindo o comércio exterior, esses produtos que têm uma pegada agroecológica, uma pegada social sairão na frente”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.
Segundo o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, o evento conta com 31 compradores do mundo inteiro que participarão de rodadas de negócios com associações e cooperativas de todo país. “Nós vamos qualificar essas cooperativas para que possam ser certificadas para exportar e outras 250 vamos levar para o mundo em 2026. Temos compradores de 22 países que vão se reunir com essas cooperativas e firmar contratos”, detalhou.
Presidindo uma cooperativa que trabalha com mandioca no Sudoeste da Bahia, Jean Silva, vê as iniciativas do governo estadual e federal como oportunidades de acesso ao mercado internacional. “É de suma importância, porque traz perspectivas para gente, possibilita novos mercados para a agricultura familiar do nosso estado”, comentou o gestor. Outros 150 representantes de cooperativas — 50 delas da Bahia e 100 de outros estados brasileiros participaram do evento.




