Futebol: 2/3 das atletas de seleção ganham menos de R$ 111 mil ao ano

Foto: © Fernando Torres/CBF/Direitos Reservados

Dois terços das jogadoras de equipes nacionais femininas ganham menos de US$20.000 (R$ 111 mil)  por ano, de acordo com uma nova pesquisa do FIFPRO que destaca a persistente insegurança financeira e as lacunas estruturais no futebol feminino.

O sindicato global de jogadores e os sindicatos nacionais de jogadores afiliados fizeram uma pesquisa com 407 jogadoras de futebol de 41 países que participaram da Eurocopa, da Copa América, da Copa das Nações Africanas e da Copa das Nações da OFC.

Cerca de 66% das jogadoras ganham menos de US$20.000 ( por ano com o futebol e quase um terço das entrevistadas relatou ganhar entre US$0 e US$4.999 (R$ 27,7 mil) com o futebol, enquanto apenas uma pequena minoria alcançou faixas de renda mais altas.

Os clubes profissionais continuam sendo a principal fonte de renda, seguidos pelos pagamentos de seleções, mas uma em cada quatro jogadoras ainda depende de empregos fora do futebol para sobreviver.

“A estabilidade financeira é a base de qualquer carreira”, disse a diretora de futebol feminino do FIFPRO, Alex Culvin. “Os dados são muito claros: a maioria das jogadoras não está ganhando o suficiente para garantir uma carreira segura dentro do esporte.”

“É um risco para a sustentabilidade do esporte porque as jogadoras estarão inclinadas a deixar o futebol mais cedo para conseguir pagar as contas.”

A pesquisa, realizada entre agosto e outubro, também revelou que os contratos de curto prazo continuam sendo comuns: 33% das jogadoras assinaram contrato por um ano ou menos e 22% não tinham contrato algum.

Os cronogramas de competições internacionais continuam a sobrecarregar as jogadoras, com 58% dizendo que o descanso antes do jogo era inadequado e 57% relatando recuperação insuficiente após as partidas.

Embora o FIFPRO tenha observado melhorias desde a pesquisa de 2022 – incluindo o aumento do prêmio em dinheiro e uma parte dedicada às jogadoras na Eurocopa Feminina – reformas semelhantes não foram replicadas em outras confederações.

Culvin disse que as partes interessadas devem “continuar a elevar os padrões para apoiar a crescente profissionalização do futebol feminino”.

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Fonte: Agência Brasil

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