Negligência à causa animal em Feira pode resultar em caos para a população, alerta presidente da APA

O Poder Público não está dando a assistência devida à causa animal no Município de Feira de Santana. E a situação é tão crítica que pode acabar resultando em um cenário de caos para a população local, no sentido do avanço de infecção por doenças e o aumento do número de animais abandonados nas ruas. O alerta é da presidente da Associação Protetora dos Animais (APA), Sandra Lima Carvalho, que fez explanação sobre o assunto na Tribuna Livre da Câmara nesta quarta-feira (3).

Políticas de atenção a animais de rua, criação de mais abrigos e medidas de prevenção e controle à esporotricose [micose causada por fungos do gênero Sporothrix, geralmente transmitida através de gatos], foram citados pela ativista como questões urgentes a serem tratadas pelas autoridades. “Não se pode mais esperar de braços cruzados. Estamos aqui para dizer que algo precisa ser feito a fim de que a cidade não sofra as consequências do descaso depois. Esta doença está atingindo todas as casas onde tem gatos”, advertiu a presidente da APA.

Sinalizando que seu posicionamento representa a preocupação de diversos protetores de animais que atuam em Feira, Sandra Carvalho admitiu que as entidades assistenciais não estão conseguindo dar conta do trabalho sozinhas. Na opinião dela, é preciso entender que o problema se relaciona diretamente a uma questão de saúde pública, cuja responsabilidade de buscar resolução é do Município. “Independentemente de se gostar ou não da causa animal, refere-se ao bem da cidade. E a gente não pode fazer mais do que a nossa capacidade permite”, disse, referindo-se a limitações financeiras da APA e das demais entidades.

Há urgência, por exemplo, de realizar castração da enorme quantidade de gatas que estão parindo pelas ruas da cidade. Inclusive, uma iniciativa que ainda não foi realizada pelos órgãos responsáveis neste ano de 2025, segundo Sandra Carvalho. Além da ausência de atenção especial, existem denúncias de maltrato, negligência e de falta remédios para o cuidado dos bichos. Para a presidente da APA, os problemas demonstram que a cidade não está dando a assistência adequada nem a seres humanos, nem aos animais.

“E não adianta só fazer projetos para cadastrar animais que são domiciliados. E os da rua, quem vai cadastrar? Quem vai pegar para castrar? Poderemos ter adiante uma epidemia acentuada, porque a situação está sendo negligenciada”, frisou Sandra Carvalho, ressaltando que desde abril último fez tais relatos na Câmara. Sandra Carvalho agradeceu aos parlamentares por terem indicado emendas destinando recursos à entidade que dirige. Mas, queixou-se da não efetivação dos repasses. “Não saiu nenhuma verba de subvenção para a causa animal”, disse.

Fonte: Câmara de Feira de Santana

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