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MEIO AMBIENTE

Programa Agroecológico do MST vai reflorestar 2 mil hectares no Vale do Rio Doce

O plantio será realizado com a técnica de “muvuca de sementes”

22/09/2024 09h24Atualizado há 3 semanas
Por: Redação

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou no Dia da Árvore, 21 de setembro, o plantio de 2 mil hectares em áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente. A ação envolve famílias de seis assentamentos nos municípios de Periquito, Santa Maria do Suaçuí, Jampruca, Campanário, Resplendor e Governador Valadares, todos na região do Vale do Rio Doce.

O plantio será realizado com a técnica de "muvuca de sementes" em solos já preparados e adubados. Segundo Henrique Samsonas, do Setor de Produção e Meio Ambiente do MST, "essa forma de plantio é uma alternativa que tem demonstrado bastante resultado, pois permite a antecipação dos plantios, aumentando a quantidade de áreas plantadas ao longo do ano num menor custo." Ele também destacou que a técnica criou uma rede de sementes, gerando renda para assentados, povos indígenas e quilombolas.

A iniciativa faz parte do Programa Agroecológico de Recuperação da Bacia do Rio Doce, que já construiu 150 barraginhas, usadas para captar água da chuva, e 59 biodigestores para tratamento de esgoto em áreas rurais. O projeto é uma das ações do MST para reflorestar e recuperar o território, com base em princípios agroecológicos e no cooperativismo.

O Programa é também uma resposta ao rompimento da barragem de Fundão, em 2015. Desde então, o MST tem trabalhado para recuperar os territórios atingidos e capacitar as famílias afetadas pelo desastre. Para Edilene Santos, da direção do MST no Vale do Rio Doce, “essa é a nossa tarefa. Aprender como manejar a agricultura nos locais atingidos, fazer a reparação ambiental e formar o povo. Isso é reforma agrária popular.”

A meta do MST é plantar 100 milhões de árvores até 2030, dentro de um esforço nacional de reflorestamento e produção sustentável.

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