Glauco Wanderley
Foi a mais apertada desde 2000 quando começou a Era José Ronaldo, mas afinal a eleição deste domingo (06/10/24) consagrou o político mais vencedor da história da cidade. Com 50,32% dos votos, José Ronaldo conquistou o quinto mandato como prefeito da maior cidade do interior nordestino, Feira de Santana (eu sempre desconto Jaboatão dos Guararapes porque conurbada com Recife).
Haverá poucos no Brasil com tal número de vitórias para o Executivo. Não sei se existe algum outro que tenha vencido sete seguidas (pois Ronaldo também venceu em 2008 apoiando Tarcízio Pimenta e em 2020 apoiando Colbert Filho).
Participei da apuração em um programa do grupo Lomes de rádio. A transmissão também aconteceu pelo YouTube no canal do FeiraPod. Desde o início, usando dados direto do TRE, o programa mostrou o ex-prefeito com um percentual de votos que o colocavam um pouco acima dos 50% necessários para vencer no primeiro turno.
Na terceira pesquisa Atlas Intel sobre a eleição de Feira de Santana, divulgada na véspera do pleito, a soma do segundo com o terceiro colocado chegava em 53%, o que levaria a um segundo turno entre o candidato do PT e o do União Brasil.
Atenção para o detalhe: o segundo colocado na pesquisa era Ronaldo. O candidato do PT, Zé Neto, tinha 1,2 pontos percentuais a mais que ele. Crescera 2,1 pontos desde a pesquisa da semana anterior. A frágil liderança do petista era explicada principalmente pela migração das intenções de voto de Ronaldo, que caiu seis pontos, para Carlos Medeiros (Novo), que subiu cinco.
Aparentemente, este movimento se inverteu no dia da eleição. Potenciais eleitores de Medeiros preferiram cravar Ronaldo na urna, para impedir eventual vitória de Zé Neto, que num cenário tão incerto tinha efetivamente chance de vencer no primeiro turno. Ficou no quase, como na eleição anterior e o PT se tiver juízo vai ter que começar a pensar em outra(s) alternativa(s) para 2028.
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