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POLÍTICA

Deputados não julgam Binho Galinha porque têm medo de morrer, diz presidente da Assembleia 

Tendência é que vão esperar decisão judicial

04/12/2024 11h19Atualizado há 2 meses
Por: Redação
Adolfo Menezes falou aos jornalistas durante almoço de confraternização de fim de ano
Adolfo Menezes falou aos jornalistas durante almoço de confraternização de fim de ano

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Segundo o presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Menezes, o Conselho de Ética da casa não se manifesta em relação ao colega Binho Galinha porque os deputados têm medo de morrer.

"O que é que os deputados dizem? Olha, se três juízas já correram de julgar o caso, como é que a gente vai entrar num negócio desse, andando no interior? Daqui a pouco nego tá matando e aí, como é que vai ficar?", explicou o presidente da ALBA quando questionado sobre a omissão durante confraternização de fim de ano com os jornalistas.

O deputado que tem base eleitoral em Feira de Santana foi alvo há um ano da Operação El Patrón, lançada por diversas instâncias policiais. Várias pessoas ligadas a ele - incluindo esposa e filho - foram presas mas a imunidade parlamentar garantiu sua liberdade. Desde então a operação teve diversos desdobramentos, com novas prisões (como nesta segunda-feira) e um cerco ao deputado que sugere haver um empenho em levar o caso até o fim.

Mas a Assembleia Legislativa não se manifesta e age como se o caso não existisse. Adolfo lembra que foi difícil até conseguir nomear membros para o Conselho de Ética que tem a responsabilidade inicial de julgar o caso. Esperar uma decisão final da Justiça foi mencionado por Adolfo como uma possível solução.

Ao revelar que os deputados têm medo de agir, o presidente acrescentou que "não tira a razão deles", já que no Brasil se "mata ser humano como se fossem baratas", citando o caso do último final de semana no Rio de Janeiro, quando na cidade turística de Paraty um bando armado invadiu um quiosque de praia cheio, para realizar uma execução, deixando os clientes em pânico e duas pessoas mortas. 

Em defesa dos deputados, que classificou como reféns, Adolfo questionou. "O cara vai ser herói e aí?"

Adolfo deixou claro que considera grave o caso de Binho Galinha. "Vocês viram na imprensa a gravidade do tamanho do problema, do esquema que é. Não sou eu que estou dizendo. A justiça foi quem levou todas as provas, com prisões, com mortes, com tudo", detalhou.

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