O parlamento da Coreia do Sul aprovou nesta sexta-feira (27) a destituição do presidente interino, Han Duck-soo, acusado de insurreição. A decisão foi tomada menos de duas semanas após a suspensão dos poderes do presidente Yoon Suk Yeol, que havia declarado lei marcial, intensificando a crise política no país.
Han, que ocupava o cargo desde o impeachment de Yoon em 14 de dezembro, afirmou estar triste com as implicações do ocorrido para as futuras gerações, mas respeitou a decisão do parlamento. "Respeito a decisão do parlamento e para evitar mais caos e incerteza, suspenderei as minhas funções de acordo com as leis relevantes", declarou.
O Ministro das Finanças, Choi Sang-mok, assume agora o papel de presidente interino. Ele deve se reunir com o chefe militar e consultar outros ministros relevantes. A moção de impeachment foi aprovada com 192 votos a favor, em meio a protestos de membros do Partido do Poder Popular, que consideraram a votação inválida.
Antes da votação, o líder da oposição, Lee Jae-myung, acusou Han de "agir pela insurreição". Pesquisas de opinião indicaram apoio público à remoção de Yoon após sua tentativa de lei marcial. A votação para o impeachment foi motivada pela recusa de Han em nomear juízes para o Tribunal Constitucional.
A votação ocorreu no mesmo dia em que o Tribunal Constitucional iniciou a revisão do impeachment de Yoon. O tribunal tem 180 dias para decidir sobre o caso. Se Yoon for destituído, uma nova eleição presidencial será convocada dentro de 60 dias. Os eventos recentes marcam a mais grave crise política da Coreia do Sul desde 1987, quando protestos forçaram mudanças significativas na governança do país.
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