Na Faixa de Gaza, ataques aéreos israelenses mataram pelo menos 54 palestinos nesta quinta-feira (2). Entre as vítimas, 11 pessoas foram mortas em um acampamento que abriga famílias desalojadas, conforme relataram médicos. Essas 11 vítimas incluem mulheres e crianças e foram registradas no distrito de Al-Mawasi, uma área designada como zona humanitária no início do conflito entre Israel e o grupo Hamas.
O Ministério do Interior de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que o diretor-geral do departamento de polícia de Gaza, Mahmoud Salah, e seu assessor, Hussam Shahwan, foram mortos durante o ataque. "Ao cometer o crime de assassinar o diretor-geral da polícia na Faixa de Gaza, a ocupação insiste em espalhar o caos e aprofundar o sofrimento humano dos cidadãos", destacou o ministério em um comunicado.
O Exército israelense, por sua vez, afirmou que realizou o ataque com base em informações de inteligência em Al-Mawasi, onde eliminou Shahwan, identificado como chefe das forças de segurança do Hamas no sul de Gaza. O Exército também reportou outros ataques que resultaram na morte de pelo menos 43 palestinos, incluindo seis que estavam na sede do Ministério do Interior em Khan Yunis e outros em áreas como Jabalia, Shati e Maghazi.
Em resposta a perguntas sobre as mortes, um porta-voz militar israelense afirmou que a lei internacional foi seguida e que foram tomadas "precauções viáveis para mitigar danos aos civis". Mais tarde, novos ataques aéreos mataram pelo menos quatro pessoas na Rua Jala, no centro da Cidade de Gaza, e duas no distrito de Zeitoun.
Os militares israelenses acusam os militantes de Gaza de usarem áreas residenciais como abrigo, enquanto o Hamas nega essa acusação. A Jihad Islâmica, aliada do Hamas, informou que disparou foguetes contra o kibutz de Holit, no sul de Israel, o que foi confirmado pelo Exército israelense, que interceptou um projétil vindo do sul de Gaza.
Desde o início do conflito, o Ministério da Saúde de Gaza relata que mais de 45.500 palestinos foram mortos. A guerra começou após um ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 israelenses e na captura de 251 reféns levados para Gaza.
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