O chefe da diplomacia francesa, Jean-Noel Barrot, declarou que a União Europeia não permitirá que países "ataquem fronteiras soberanas", em resposta às recentes ameaças de Donald Trump sobre a anexação da Groenlândia.
Barrot afirmou que a Groenlândia, que é uma região autônoma da Dinamarca, "é um território da União Europeia". A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, comentou que "a Groenlândia pertence às pessoas da Groenlândia" após Trump sugerir a anexação do território pelos Estados Unidos.
Frederiksen destacou que, segundo o chefe do governo regional, Mute Egede, "a Groenlândia não está à venda". A primeira-ministra também reiterou que os Estados Unidos são o aliado mais próximo da Dinamarca.
As declarações de Trump sobre a Groenlândia e o Canal do Panamá não são novas. Em uma coletiva de imprensa, ele reiterou suas ambições expansionistas, afirmando que poderia anexar os territórios "pela força se necessário".
Trump não garantiu que não usaria as Forças Armadas para essa anexação e já havia se manifestado sobre a intenção de controlar o Canal do Panamá se as taxas não fossem reduzidas. O presidente eleito criticou ainda o acordo de 1977 que transferiu o controle do canal para o Panamá em 1999.
Paralelamente, seu filho, Donald Trump Júnior, começou uma visita privada à Groenlândia. Ele descreveu a região como "um lugar incrível" e insinuou que, caso se tornassem parte dos Estados Unidos, os habitantes se beneficiariam enormemente.
A Groenlândia, que busca maior soberania, é rica em recursos naturais, embora a prospecção de petróleo e a extração de urânio sejam proibidas. O território é estrategicamente importante, com uma base militar dos Estados Unidos.
Ulrik Pram Gad, especialista em Groenlândia, expressou preocupação sobre a forma como Trump se refere às relações entre os países.
Sensação
Vento
Umidade