A Polícia Civil investiga uma denúncia de injúria racial ocorrida em um pet shop no bairro do Imbuí, em Salvador. Camilla Ferraz Barros, ex-gerente de operações do Hospital Mater Dei, se apresentou à polícia na última sexta-feira (10) e optou por não se manifestar durante o depoimento. A delegada Patrícia Barreto, responsável pelo caso, informou que o inquérito está em fase de finalização, com 18 pessoas ouvidas e provas digitais já coletadas.
Na saída da delegacia, Camilla foi abordada por jornalistas, mas não fez declarações e apenas chorou. Em um áudio divulgado anteriormente, ela pediu desculpas por suas ações, alegando que havia perdido o controle após ser agredida fisicamente.
O incidente foi registrado em vídeo por uma testemunha, onde Camilla, identificando-se como juíza, fez ofensas à gerente do pet shop e a funcionários, chamando-os de "petista, baixa e preta". Segundo a ocorrência, Camilla também relatou ter sido xingada e agredida por funcionários e seguranças do local.
O Grupo Petz, proprietário do estabelecimento, emitiu uma nota reprovando atos racistas e afirmou que está tomando as medidas legais necessárias para apoiar as colaboradoras envolvidas. Camilla foi demitida após o episódio.
A Associação dos Magistrados da Bahia repudiou a conduta, enfatizando que a mulher não faz parte da Magistratura estadual. Dados da Polícia Civil indicam que, entre janeiro e outubro do ano passado, 1.272 casos de violência racial foram registrados na Bahia, incluindo 780 de injúria racial.
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