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Direitos Humanos

Ataque a assentamento do MST em Tremembé deixa dois mortos

Homens armados invadem local durante a noite e ferem outros seis

11/01/2025 15h35Atualizado há 2 semanas
Por: Redação

Na noite de sexta-feira (10), homens armados atacaram o Assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, São Paulo. Segundo o MST, ao menos dois assentados foram mortos a tiros e outros seis precisaram de atendimento médico.

De acordo com o movimento, a invasão ocorreu por volta das 23 horas, quando os atacantes chegaram em veículos e motos, disparando contra os assentados que dormiam, incluindo crianças e idosos. As vítimas fatais foram identificadas como Valdir do Nascimento, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos. Nascimento era uma das lideranças do assentamento.

O MST informou que alguns assentados feridos apresentaram lesões graves e foram submetidos a cirurgias. Em comunicado, o movimento expressou indignação e destacou a necessidade de políticas públicas de segurança para proteger as comunidades.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo declarou que a Polícia Civil está investigando o caso. As seis pessoas feridas, com idades entre 18 e 49 anos, foram levadas para o Hospital regional do Vale do Paraíba ou para o Pronto-Socorro municipal.

A polícia confirmou que testemunhas relataram que os atacantes estavam em veículos e motos. Um homem foi preso no local por porte ilegal de arma. O caso está sendo tratado como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo.

João Paulo Rodrigues, integrante da Coordenação Nacional do MST, pediu a participação da Polícia Federal nas investigações. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, também denunciou o incidente como um "crime gravíssimo".

Parlamentares expressaram indignação nas redes sociais, exigindo que os responsáveis sejam identificados e punidos. A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) e o deputado estadual Simão Pedro (PT-SP) pediram respostas das autoridades sobre a segurança no território. A deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP) manifestou revolta e pediu uma resposta justa e social do Estado.

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