O presidente deposto da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi detido hoje (15) para prestar declarações sobre a imposição de lei marcial em dezembro. Investigadores afirmaram que ele optou por se manter em silêncio durante o interrogatório.
Suk Yeol, que é o primeiro chefe de Estado sul-coreano em exercício a ser detido, está "exercendo seu direito de permanecer em silêncio", de acordo com uma autoridade do Gabinete de Investigação da Corrupção (CIO).
A detenção ocorreu às 10:33 (22h33 de terça-feira em Brasília), conforme comunicado do CIO. A equipe de investigação havia tentado deter Suk Yeol em uma primeira ação no início de janeiro, mas não teve sucesso. Hoje, agentes do CIO e da polícia chegaram em grande número à residência presidencial em Seul, onde o ex-presidente se encontrava.
Em uma mensagem de vídeo gravada antes da ação policial, Suk Yeol afirmou que concordou em se submeter ao interrogatório "para evitar qualquer infeliz derramamento de sangue" e anunciou: "Decidi responder ao Gabinete de Investigação de Corrupção", embora tenha acrescentado que não reconhece a legalidade da investigação.
Suk Yeol está sendo investigado por rebelião em decorrência da declaração de lei marcial em 3 de dezembro. Ele é o primeiro presidente sul-coreano a ser detido enquanto estava em exercício do cargo. Desde o início, Suk Yeol se recusou a prestar declarações sobre a lei marcial, o que levou à emissão do mandado de detenção.
Com o mandado atual, Suk Yeol pode permanecer sob custódia policial por 48 horas. Para prolongar a detenção, os investigadores precisarão solicitar um novo mandado. A declaração de lei marcial feita por Suk Yeol em 3 de dezembro surpreendeu o país e foi justificada como uma medida de proteção contra "forças comunistas norte-coreanas" e para "eliminar elementos hostis ao Estado". No entanto, a Assembleia Nacional rejeitou a lei marcial, levando Suk Yeol a revogar a decisão sob pressão de deputados e manifestantes pró-democracia.
Em 3 de janeiro, uma primeira tentativa de detenção foi bloqueada pelos serviços de segurança presidencial. Na ação de hoje, as autoridades afirmaram que deteriam qualquer pessoa que tentasse impedir a prisão.
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