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Justiça

Operação Torniquete mira facção criminosa no Rio de Janeiro

Ação conjunta busca cumprir mandados de prisão e desmantelar esquema financeiro

15/01/2025 14h41Atualizado há 1 mês
Por: Redação

A Polícia Civil, a Polícia Militar e o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) realizam, nesta quarta-feira (15), mais uma fase da Operação Torniquete. A ação ocorre no Conjunto de Favelas do Alemão e Penha, na zona norte do Rio. A Secretaria de Polícia Civil (Sepol) informou que, até o momento, sete criminosos foram presos.

Moradores relataram intenso tiroteio durante a chegada das forças de segurança, que enfrentaram diversas barreiras impostas por criminosos, dificultando a entrada dos agentes na comunidade. Informações iniciais indicam que um policial foi ferido no ombro e dois suspeitos também foram atingidos.

Esta fase da operação busca cumprir 14 mandados de prisão de integrantes da facção Comando Vermelho, envolvidos em um esquema financeiro conhecido como Caixinha do CV. Segundo o MPRJ, esses alvos foram denunciados por crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, relacionados ao tráfico de drogas, com um total aproximado de R$ 21.521.290,38 movimentados em mais de 4.888 operações financeiras.

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada e estão sendo cumpridos em diversas localidades, incluindo Bangu, Jacarepaguá, Engenho da Rainha, Nova Iguaçu, Ramos, Copacabana, Cordovil, Santo Cristo, além de estados como Bahia e Paraíba.

Conforme o MPRJ, o sistema financeiro da facção opera por meio de taxas mensais cobradas de líderes de pontos de venda de drogas, que, em troca, recebem apoio logístico e de armamentos. Os valores arrecadados são usados para financiar a compra de drogas, armamentos, pagamento de propinas e outras atividades criminosas, como extorsões e roubos de cargas.

A operação também visa atingir beneficiários do esquema, incluindo familiares de integrantes da organização criminosa. A Secretaria de Polícia Civil destacou que o financiamento é sustentado por crimes que afetam a população, como roubo e furto de veículos, além de disputas territoriais.

As investigações utilizaram tecnologia avançada para revelar um esquema que movimentou milhões em atividades ilícitas. O MPRJ autorizou quebras de sigilo fiscal e bancário, permitindo acesso a movimentações financeiras suspeitas. O uso de tecnologia no cruzamento de dados foi fundamental para identificar a rede de pessoas envolvidas no esquema.

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