O presidente deposto sul-coreano Yoon Suk Yeol não participou de um novo interrogatório e manteve o silêncio, segundo seu advogado de defesa. A detenção ocorreu um dia antes, na residência presidencial.
Yoon, que é o primeiro chefe de estado sul-coreano a ser detido, também não comparecerá a uma audiência no Tribunal Constitucional, marcada para esta quinta-feira (16), relacionada ao seu processo de destituição, após a declaração de lei marcial em dezembro, conforme informou a agência Yonhap.
Após uma tentativa falha de detenção no início do mês, o Gabinete de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários (CIO) e a polícia conseguiram entrar na residência de Yoon, onde ele estava escondido. O ex-presidente, que foi destituído pela Assembleia Nacional, está sendo investigado por rebelião, um crime que pode resultar em pena de morte.
Embora tenha sido interrogado por horas na quarta-feira, Yoon não fez declarações antes de ser levado a um centro de detenção. O CIO planejava retomar o interrogatório hoje às 14h locais (2h, em Brasília), mas o advogado de Yoon afirmou que ele está doente. "O presidente Yoon não está bem e explicou de forma completa a sua posição ontem", declarou Yun Gap-geun à Yonhap.
As autoridades estão buscando um novo mandado de detenção para manter Yoon sob custódia por mais de 48 horas. Os advogados do presidente deposto pedem a revisão do mandado, argumentando que ele agiu de acordo com a lei e que o processo é "ilegal".
A detenção de Yoon, eleito em 2022, foi apoiada pela oposição. O líder do Partido Democrático, Park Chan-dae, afirmou que é "o primeiro passo para o regresso à ordem". Yoon havia declarado lei marcial em 3 de dezembro, justificando a medida como uma proteção contra as "forças comunistas norte-coreanas". No entanto, a Assembleia Nacional revogou o estado de emergência.
A destituição de Yoon foi aprovada pelo parlamento em 14 de dezembro, e o Tribunal Constitucional tem até junho para decidir sobre a moção. Antes da invasão de sua residência, Yoon havia gravado uma mensagem de vídeo afirmando que concordou em se submeter ao interrogatório "para evitar qualquer infeliz derramamento de sangue".
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