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Internacional

Cessar-fogo na Faixa de Gaza gera novos conflitos e incertezas

Após anúncio de trégua, bombardeios israelenses resultam em mortes

16/01/2025 11h29Atualizado há 1 mês
Por: Redação

Após o anúncio de cessar-fogo na Faixa de Gaza, pelo menos 71 palestinos foram assassinados e outros 200 ficaram feridos devido aos bombardeios de Israel, conforme informações das autoridades locais.

O Hamas, por sua vez, negou o comunicado de Israel e reafirmou, nesta quinta-feira (16), que está comprometido com o acordo de cessar-fogo, segundo Izzat al-Rishq, representante político da organização.

O acordo de cessar-fogo foi colocado em dúvida pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que afirmou que o Hamas teria feito exigências de última hora. A votação do acordo, que estava prevista para hoje, foi suspensa por uma “crise de última hora” provocada pelo Hamas, de acordo com a agência Associated Press.

"O gabinete israelense não se reunirá até que os mediadores notifiquem Israel de que o Hamas aceitou todos os elementos do acordo", informou o governo de Tel Aviv.

Autoridades israelenses relataram à Reuters que o acordo não será oficial até ser votado pelo gabinete do primeiro-ministro. A manutenção da guerra é defendida por parte dos integrantes do governo israelense.

Em comunicado publicado nesta quinta, o primeiro-ministro de Israel mencionou ter conversado por telefone com o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e com o presidente eleito, Donald Trump, que assumirá no próximo dia 20. Benjamin Netanyahu agradeceu a ajuda dos dois na libertação dos reféns e pelo “avanço no acordo dos reféns”, sem abordar o cessar-fogo.

O anúncio do cessar-fogo, feito pelas autoridades do Catar, que atuaram como mediadoras junto ao Egito e aos Estados Unidos, foi celebrado pela população de Gaza e em manifestações em Israel, que esperam a liberação dos reféns ainda em cativeiro.

O acordo prevê uma fase inicial de seis semanas de trégua, com a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a libertação de 33 reféns mantidos pelo Hamas em troca de palestinos detidos por Israel. A fase final do acordo discutirá um governo alternativo em Gaza e planos de reconstrução da região, sem a participação do Hamas.

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