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Política

Israel analisa acordo de cessar-fogo enquanto bombardeios continuam

Gabinete de Netanyahu deve votar proposta nesta sexta-feira (17)

17/01/2025 10h59
Por: Redação

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou que irá analisar um acordo de cessar-fogo nesta sexta-feira (17) enquanto os bombardeios na Faixa de Gaza continuam.

Em comunicado, o governo de Tel Aviv detalhou que o acordo será submetido a duas votações: uma no gabinete de segurança e outra no conselho de ministros, que envolve todo o governo.

“O primeiro-ministro ordenou que o Gabinete de Segurança seja convocado mais tarde hoje [sexta-feira]. O Governo será convocado depois para aprovar o acordo”, diz o informe, que acrescenta que Netanyahu “expressou seu apreço pela equipe de negociação e por todos aqueles que ajudaram”.

O governo israelense também informou que as famílias dos reféns foram notificadas para coordenar os preparativos para receber as pessoas que estão sob o controle do Hamas.

“O Estado de Israel está comprometido em atingir todos os objetivos da guerra, incluindo o retorno de todos os nossos reféns, os vivos e os mortos”, completou o comunicado.

Em um segundo comunicado, o governo informou que, enquanto aguarda a aprovação do acordo de cessar-fogo, “a libertação dos reféns será implementada de acordo com o cenário planejado, no qual se espera que os reféns sejam libertados no domingo [19]”.

O ministro da Segurança Pública, Itamar Bem-Gvir, anunciou que votará contra o acordo e que deixará o governo se ele for aprovado. “Adoro o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e garantirei que ele continue a ser primeiro-ministro, mas irei embora porque o acordo que foi assinado foi desastroso; liberta centenas de terroristas com sangue nas mãos”, informou em uma rede social.

O acordo prevê uma fase inicial de seis semanas de trégua com a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a libertação de 33 reféns mantidos pelo Hamas em troca de palestinos presos por Israel. A última fase do acordo discute um governo alternativo em Gaza e planos para reconstruir a região.

Após o anúncio do cessar-fogo por autoridades do Catar e dos Estados Unidos, Israel manteve os bombardeios e as autoridades locais estimam que mais de 100 pessoas morreram desde o anúncio da trégua. As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que realizaram ataques a 50 alvos na Faixa de Gaza ligados ao Hamas e à Jihad Islâmicas em 24 horas.

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