Neste domingo (19), palestinos saíram às ruas para celebrar a entrada em vigor de um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, após 15 meses de conflitos. Enquanto isso, a Cruz Vermelha resgatou os primeiros reféns libertados sob o acordo, incluindo Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher.
O cessar-fogo começou após um atraso de três horas, durante o qual ataques aéreos israelenses deixaram 13 mortos, segundo autoridades palestinas. A equipe da Cruz Vermelha estava a caminho para receber os reféns, conforme informado por um oficial. "Sinto que finalmente encontrei água para beber depois de 15 meses perdido no deserto. Sinto-me viva novamente", afirmou Aya, uma mulher deslocada da Cidade de Gaza.
Em áreas devastadas, centenas de pessoas caminharam entre escombros. Combatentes do Hamas foram vistos na cidade de Khan Younis, onde multidões aplaudiram e cantaram, mesmo após o atraso na implementação do acordo. Policiais do Hamas, anteriormente escondidos, começaram a se posicionar em algumas áreas.
O cessar-fogo trouxe esperança aos 2,3 milhões de habitantes de Gaza, muitos dos quais foram deslocados. "Agora estamos esperando o dia em que voltaremos para nossa casa na Cidade de Gaza", disse Aya, enquanto Ahmed Abu Ayham, morador da Cidade de Gaza, descreveu a destruição como "terrível" e pediu para não se comemorarem ainda as vitórias.
O acordo de cessar-fogo pode marcar o fim da guerra que começou após um ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de cerca de 1,2 mil israelenses. A resposta de Israel causou destruição em Gaza, com aproximadamente 47 mil palestinos mortos, conforme as autoridades de saúde locais.
Caminhões com suprimentos de ajuda começaram a entrar em Gaza após a implementação do cessar-fogo, com a expectativa de que 600 caminhões sejam autorizados diariamente, incluindo 50 para transporte de combustível. "A guerra acabou, mas a vida não será melhor por causa da destruição e das perdas que sofremos", concluiu Aya.
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