Israel liberou 90 detidos palestinos, incluindo mulheres e crianças, horas após a libertação de três reféns israelenses pelo Hamas. A troca ocorreu no âmbito do cessar-fogo em Gaza, região que enfrenta mais de 15 meses de conflito.
A Autoridade Prisional de Israel informou que "noventa terroristas" foram "libertados" da prisão militar de Ofer, na Cisjordânia, e de um centro de detenção em Jerusalém, logo após a meia-noite. Centenas de pessoas acompanharam os carros que transportavam os prisioneiros em Beitunia, agitando bandeiras palestinas.
“A espera foi extremamente difícil. Mas, graças a Deus, tínhamos a certeza de que um dia seríamos libertados”, disse a jornalista Bouchra al-Tawil, uma das detidas liberadas.
Antes da troca, um dirigente do Hamas anunciou a entrega dos três reféns israelenses ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha. O Exército de Israel confirmou a chegada das reféns, que foram identificadas como Emily Damari, Doron Steinbrecher e Romi Gonen, todas capturadas em outubro de 2023.
Após a libertação, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que as mulheres "passaram por um inferno" durante o cativeiro. Elas foram encaminhadas ao hospital de Sheba, onde estão em estado estável. O Exército de Israel indicou que “entre três e quatro mulheres raptadas” poderiam ser liberadas semanalmente.
A trégua, que começou com atraso no domingo, também permitiu que muitos palestinos deslocados tentassem retornar para suas casas, embora muitos não tenham conseguido devido à destruição. "Nem sequer conseguimos encontrar a localização exata das nossas casas", lamentou uma deslocada.
O acordo de cessar-fogo, mediado por Catar, Estados Unidos e Egito, visa à liberação de 33 reféns israelenses e a libertação de cerca de 1.900 palestinos em um prazo de seis semanas. Netanyahu já alertou que Israel pode retomar as hostilidades se necessário.
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