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Direitos Humanos

Intolerância religiosa cresce 66,8% no Brasil em 2024

Ministério dos Direitos Humanos divulga dados em Dia de Combate à Intolerância

21/01/2025 22h22Atualizado há 4 semanas
Por: Redação

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) anunciou, nesta terça-feira (21), que em 2024 foram registradas 2.472 denúncias de intolerância religiosa pelo Disque Direitos Humanos (Disque 100). O número representa um aumento de 66,8% em relação a 2023, quando houve 1.481 denúncias, quase mil a mais. Desde 2021, as violações cresceram 323,29%.

A divulgação ocorreu no Dia do Combate à Intolerância Religiosa, em homenagem à Iyalorixá Mãe Gilda de Ogum, que fundou o terreiro Ilê Asé Abassá de Ogum em Salvador em 1988. O painel da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos mostra que os grupos mais impactados em 2024 foram umbanda (151), candomblé (117) e evangélicos (88). Mulheres foram as principais vítimas, totalizando 1.423, enquanto 826 homens também foram afetados.

As regiões com mais registros foram São Paulo (618), Rio de Janeiro (499) e Minas Gerais (205). Durante evento em Brasília, a ministra Macaé Evaristo destacou que o Brasil é um Estado laico, afirmando: “Reafirmar a laicidade do Estado não é dizer que não está nem aí para as religiões.” 

O Dia do Combate à Intolerância Religiosa foi instituído pela Lei Federal nº 11.635/2007, em memória de Mãe Gilda, que sofreu perseguições e faleceu em 2000. Em suas redes sociais, a ministra Evaristo comentou sobre a diversidade religiosa do país, enfatizando a convivência pacífica entre diferentes crenças. 

Para denunciar casos de intolerância religiosa, o MDHC disponibiliza o Disque 100, que opera 24 horas, além de outros canais como WhatsApp e Telegram. Os registros são gratuitos, anônimos e acompanham um número de protocolo para rastreamento.

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