A Corregedoria da Polícia Militar prendeu um policial militar suspeito de ser o segundo atirador no assassinato do delator Vinícius Lopes Gritzbach. Ele foi executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 8 de novembro do ano passado.
A prisão ocorreu nessa terça-feira (21), na sede do 20º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, em Barueri. O suspeito será encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes (PMRG).
Com a nova prisão, o número de detidos por envolvimento no caso chega a 26, sendo 17 PMs, cinco policiais civis e outras quatro pessoas relacionadas ao homem apontado como olheiro do crime, que está foragido.
O caso é investigado por uma Força-Tarefa, que inclui o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e as corregedorias das polícias civil e militar.
Na última quinta-feira (16), uma operação da Corregedoria já havia prendido o primeiro policial militar identificado como um dos autores dos disparos contra Gritzbach. Imagens das câmeras de segurança do aeroporto mostram dois atiradores saindo do carro e atirando.
Na mesma operação, mais 14 PMs foram presos por suspeita de envolvimento com o crime organizado e por prestarem serviço de segurança ilegal ao delator.
Na mesma data, a namorada do homem apontado como olheiro do crime foi presa pelo DHPP, por meio de um mandado obtido em uma investigação sobre tráfico de drogas. A mulher, de 28 anos, era responsável por comercializar as drogas de posse do namorado Kauê do Amaral Coelho, que está foragido.
No dia seguinte (17), outro envolvido foi detido. O homem, de 22 anos, é investigado por ter relação com Kauê e por associação ao tráfico de drogas. Um tenente da PM foi preso no sábado (18) e é apontado como condutor do veículo utilizado na execução do crime.
A delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, informou que a polícia tem duas linhas de investigação “bastante adiantadas” para identificar o mandante da execução de Gritzbach, ambas apontando para membros do PCC.
Vinícius Lopes Gritzbach, acusado de lavagem de dinheiro, fez um acordo de delação com o Ministério Público de São Paulo em março de 2024. O conteúdo da delação é sigiloso, mas em outubro do ano passado, o MP encaminhou à Corregedoria da Polícia Civil trechos do documento, onde o delator denuncia policiais civis por extorsão. Gritzbach foi ouvido na Corregedoria em 31 de outubro, oito dias antes de ser morto, e também delatou um esquema de lavagem de dinheiro do PCC.
Sensação
Vento
Umidade