O ano de 2025 começou com chuvas intensas no Sul e Centro-Oeste do Brasil, enquanto o Nordeste enfrenta estiagem. Esses fenômenos climáticos evidenciam, a cada ano, os impactos da mudança climática. Em meio a essa crise, as desigualdades sociais se acentuam, e novos desafios globais surgem.
Mercedes Bustamante, pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB) e colaboradora do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, discute a urgência de enfrentar essa crise e busca por soluções. Na 30ª Conferência sobre Mudança do Clima (COP30), a ser realizada no Brasil, as questões climáticas serão centrais.
Em entrevista à Agência Brasil, Bustamante ressaltou que "a crise climática é uma amplificadora de outras crises". Segundo ela, as mudanças climáticas agravam problemas como desigualdade, fome, escassez de recursos hídricos, migrações humanas e conflitos geopolíticos.
A especialista enfatizou a necessidade de ações imediatas para lidar com o aquecimento global. Ela destacou que "a primeira ação importante é trabalhar nas causas do aquecimento global" e propôs uma transição energética que reduza a dependência de combustíveis fósseis.
Bustamante também abordou a importância de políticas públicas que incentivem escolhas sustentáveis, como a mobilidade urbana. "Quando se fala de mobilidade urbana, as pessoas precisam contar com um sistema público de qualidade", afirmou.
Sobre a adaptação nas cidades, ela mencionou que "o Brasil tem um dever de casa para fazer com suas áreas urbanas", ressaltando a necessidade de planejamento urbano para evitar desastres em áreas de risco. A recuperação de áreas verdes também foi citada como uma ação essencial para mitigar as emissões de gases de efeito estufa.
A pesquisadora ainda comentou a influência das decisões de outros países, como os Estados Unidos, na luta contra a mudança climática, afirmando que é fundamental que todos os países continuem seus esforços, independentemente das políticas de cada governo.
Por fim, Bustamante alertou que "o tempo joga muito contra a gente" e que a urgência em tratar da mudança climática é vital. Ela concluiu destacando a importância de abordar a questão com seriedade e rapidez para minimizar os impactos futuros.
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