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Economia

Crimes cibernéticos preocupam 40% das empresas em pesquisa global

Estudo da Allianz revela aumento na preocupação com riscos tecnológicos

23/01/2025 18h00
Por: Redação

Quatro em cada dez empresas consideram os crimes cibernéticos como a principal preocupação pelo quarto ano consecutivo. A percepção sobre a emergência desse tema aumentou, sendo agora uma prioridade para 36% dos empresários. Há dez anos, apenas 12% das companhias se preocupavam com esse tipo de risco. Os dados são da pesquisa Allianz Risk Barometer, realizada com 3.778 gestores de risco em 106 países.

O estudo incluiu gestores de empresas de diferentes portes, com 40% das respostas vindas de grandes empresas, 30% de médias e o restante de pequenas. Os crimes cibernéticos também lideram entre as empresas brasileiras. O fenômeno é observado em países como Colômbia, Filipinas, Marrocos e África do Sul, e é atribuído ao avanço das tecnologias de inteligência artificial. Empresas dos setores financeiro, telecomunicações, mídia, tecnologia e serviços jurídicos foram as que mais destacaram essa preocupação.

Em segundo lugar, a interrupção de negócios foi citada por 31% dos gestores, refletindo eventos que podem impactar cadeias de suprimento e comércio global. Essa preocupação tem se mantido entre as duas principais escolhas nas últimas décadas, especialmente após a pandemia de 2020 e guerras de relevância mundial.

Empresários do México também destacaram a interrupção de negócios, seguida por catástrofes naturais. Esses riscos afetam principalmente os setores de energia, transportes, alimentação e hotelaria. Os pesquisadores apontam que a necessidade de respostas rápidas e a concorrência acirrada geram esse temor.

O terceiro fator de risco, citado por 31% dos entrevistados, são as catástrofes naturais, como inundações e incêndios. Mudanças climáticas ocupam a quinta posição, com 19%. O gerente de Pesquisas de Risco na América Latina da Allianz, Pablo Cabrera, explicou que catástrofes naturais e mudanças climáticas estão interligadas, abordando impactos de curto e longo prazo.

Na quarta posição, a insegurança jurídica e legislativa foi mencionada por 25% dos pesquisados, refletindo mudanças nas regras nacionais e internacionais, especialmente em um ano de eleição nos Estados Unidos. Outros riscos incluem o desenvolvimento macroeconômico, políticas de mercado e riscos políticos, como greves e guerras.

O estudo também destacou que muitos riscos estão interligados, como a interrupção dos negócios, que pode ser consequência de desastres naturais, ataques cibernéticos ou riscos políticos. Cabrera enfatizou a importância de desenvolver estratégias de mitigação para esses riscos, mesmo que nem todos sejam seguráveis. As seguradoras estão constantemente ajustando seus produtos para atender a essas necessidades, embora o desenvolvimento de novos produtos possa ser um processo demorado.

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