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Política

Presidente da Coreia do Sul é indiciado por insurreição

Yoon Suk Yeol é acusado de liderar insurreição com lei marcial

26/01/2025 22h13Atualizado há 2 meses
Por: Redação

Promotores da Coreia do Sul indiciaram neste domingo (26) o presidente Yoon Suk Yeol, que está afastado por impeachment, sob acusações de liderar uma insurreição após impor uma lei marcial em 3 de dezembro. A informação foi confirmada pelos advogados de Yoon e pelo principal partido da oposição.  

Os advogados de Yoon classificaram a acusação como a "pior escolha" feita pela promotoria, enquanto o partido opositor apoiou a decisão. As acusações são inéditas para um presidente sul-coreano e, se Yoon for condenado, poderá enfrentar anos de prisão pela imposição da lei marcial, que visava proibir atividades políticas e parlamentares e controlar a mídia.  

A medida gerou agitação política na Coreia do Sul, a quarta maior economia da Ásia, com o primeiro-ministro também enfrentando impeachment e diversos oficiais militares indiciados por suas ações na suposta insurreição.  Os advogados de Yoon afirmaram que a "declaração de lei marcial de emergência do presidente foi um apelo desesperado ao público sobre uma crise nacional causada pela oposição saindo do controle".

O gabinete do promotor não comentou imediatamente sobre o indiciamento, que também foi coberto pela mídia sul-coreana.  Investigadores anticorrupção recomendaram na semana passada a acusação de Yoon, que se encontra preso e foi suspenso de suas funções em 14 de dezembro. Ele está em confinamento solitário desde que se tornou o primeiro presidente no cargo a ser preso em 15 de janeiro, após um impasse entre sua equipe de segurança e as autoridades.

Neste fim de semana, um tribunal negou duas vezes o pedido dos promotores para prorrogar sua detenção, mas com as novas acusações, solicitaram novamente a manutenção de Yoon sob custódia. A insurreição é uma das poucas acusações criminais para as quais um presidente sul-coreano não possui imunidade, podendo resultar em pena de prisão perpétua ou morte, embora a Coreia do Sul não tenha executado ninguém em décadas.  

Yoon e seus advogados argumentaram em uma audiência do Tribunal Constitucional que ele nunca teve a intenção de impor completamente a lei marcial, mas apenas de utilizar as medidas como um aviso para resolver o impasse político. Paralelamente ao processo criminal, o tribunal superior decidirá se Yoon será removido do cargo ou terá seus poderes presidenciais restaurados, com um prazo de 180 dias para essa decisão.

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