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Política

Lukashenko é declarado vencedor em eleição contestada na Bielorrússia

Líder bielorusso prolonga governo após resultados eleitorais

27/01/2025 13h32Atualizado há 2 meses
Por: Redação

O líder da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, aliado da Rússia, prolongou seu governo de 31 anos nesta segunda-feira (27). As autoridades eleitorais o declararam vencedor em uma eleição presidencial que foi rejeitada pelos governos ocidentais como farsa. 

Lukashenko, que não enfrentou desafios sérios dos outros quatro candidatos, obteve 86,8% dos votos, segundo os resultados iniciais. Políticos europeus afirmaram que a votação não foi livre nem justa, pois a mídia independente foi proibida e as principais figuras da oposição foram presas ou forçadas a sair do país. 

A ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, comentou: "O povo da Bielorrússia não teve escolha. É um dia amargo para todos aqueles que anseiam por liberdade e democracia". A líder da oposição no exílio, Sviatlana Tsikhanouskaya, pediu a ampliação das sanções ocidentais contra empresas e indivíduos envolvidos na repressão. Ela afirmou: "Enquanto a Bielorrússia estiver sob o controle de Lukashenko e Putin, haverá ameaça constante à paz e à segurança de toda a região". 

A chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Kaja Kallas, e a comissária para a ampliação, Marta Kos, disseram que o bloco continuará a impor "medidas restritivas e específicas contra o regime" e dará apoio à sociedade civil e à oposição exilada. 

Lukashenko, ao ser questionado sobre a prisão de oponentes, afirmou que eles haviam "escolhido" seu próprio destino e negou que a libertação de mais de 250 pessoas condenadas por atividades "extremistas" tenha sido uma tentativa de aliviar seu isolamento. "Não dou a mínima para o ocidente", declarou ele em uma entrevista.  

Lukashenko tem sido um aliado estratégico da Rússia, recebendo apoio em forma de petróleo e empréstimos, enquanto evita a absorção de seu país pela Rússia. Contudo, a guerra na Ucrânia o uniu mais a Putin, que instalou armas nucleares táticas na Bielorrússia.

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