As defesas dos supostos golpistas

Vários acusados de golpe de estado entregaram ontem suas defesas prévias.

A de Bolsonaro pediu que a delação de Mauro Cid, seu ajudante de ordens na presidência, seja anulada. Ora, a delação é essencial na denúncia e sem ela se acabaria tudo. Esse pedido não passa.

A defesa ainda listou os comandantes do Exército e Aeronáutica do período de Bolsonaro como testemunhas para falar a favor dele. Lembrando que as investigações dizem que o ex-presidente propôs para eles um golpe militar e eles disseram não.

Mauro Cid quer que a denúncia contra ele seja rejeitada, com base no entendimento de que ele era apenas um funcionário cumprindo ordens, repassando informações.

Augusto Heleno afirma que não tem envolvimento nenhum no caso, que nenhuma testemunha aponta participação dele em eventual golpe de estado, que não existe nem conversa de WhatsApp e portanto, ele deve ser excluído do processo, sumariamente absolvido.

A defesa do general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro do Exército e ex-ministro da Defesa, nega participação dele e diz que a denúncia não traz qualquer prova disso.

Sentiu falta de alguém? Ah, sim, general Braga Netto. É que o prazo dele vai até hoje. Os advogados pediram três vezes para adiar, mas Alexandre de Moraes não caiu. 

Outro que tem até hoje para essa defesa prévia é Almir Garnier, almirante que comandava a Marinha e foi o único dos três comandantes das Forças Armadas a se colocar à disposição, se Bolsonaro desse a ordem para segurar o poder na marra.