Tem um mês que a Câmara de Feira de Santana retomou os trabalhos. Já dá pra dizer que existe um novo ambiente.
Passou aquela fase tenebrosa, sob o comando primeiro de Fernando Torres e depois de Eremita Mota, com xingamentos, ameaças, picuinhas, desprezo pelo regimento, confronto permanente e “gratuito”, entre aspas, com o Executivo, em detrimento da cidade, enfim, a lista é grande e não vale a pena nem relembrar esses quatro anos que com certeza estiveram entre os piores da história do Legislativo municipal.
A Câmara voltou à normalidade. Poderia melhorar mais, porém, parou de piorar.
Não dá pra fazer rapidamente um balanço do que se debateu ou propôs nesse mês, nem é necessário. Mas já que toquei no assunto, vou mencionar um ponto apenas, importante, levantado pelo vereador Ivanberg Lima, que saiu em defesa das construções que têm importância histórica e deveriam ser preservadas. Ele conclama a prefeitura a se mexer e organizar um levantamento para identificá-las.
Realmente a prefeitura de Feira é inoperante nesse aspecto. Mas eu creio que os vereadores também poderiam fazer mais do que apenas lançar o debate.
Poderiam propor ações mais específicas. Ivanberg pediu à prefeitura que faça um levantamento visando o tombamento.
Mas que tal se a Câmara, tomasse essa iniciativa e chegasse para a prefeitura com uma proposta concreta, para tombar tais e tais imóveis. Os vereadores têm tantos assessores. Não dava para encarregar algum ou alguns dessa tarefa? Poderia ser uma mobilização do Legislativo, vários deles poderiam juntar esforços e equipes, talvez a Câmara contratar um serviço especializado.
Enfim, estou focando nesse tema, que veio à tona na sessão de ontem, mas vale para qualquer assunto. Ser mais propositivo e não se limitar à justa e necessária crítica, que é papel do vereador, sobretudo os de oposição. Mas a cidade precisa de mais que isso. O vereador pode e deve ser mais do que um reclamador geral. Isso deixa pra gente na imprensa.
Sensação
Vento
Umidade