A Prefeitura de Feira de Santana recebeu a sugestão de implantar um sistema de reciclagem organizado na Micareta, seguindo o modelo adotado no Carnaval de Salvador. A proposta foi apresentada por Cláudio Borges Brito, presidente da Associação Ginga Recicla, durante pronunciamento na Câmara Municipal. Ele defendeu a assinatura de convênios com entidades de reciclagem da cidade para repasse de recursos destinados à coleta e destinação final dos resíduos.
Brito explicou que em Salvador, a parceria entre o Governo do Estado e a Prefeitura resultou em pagamento de R$ 1 por quilo de plástico e R$ 11 por quilo de lata, gerando milhões em receita para os trabalhadores. "Em Feira, já estamos discutindo com o poder público a possibilidade de fazer estas parcerias. Inclusive, fomos bem atendidos pelo secretário de Serviços Públicos, Justiniano França, para uma conversa”, afirmou. Ele também solicitou aos legisladores a criação de um dia para homenagear os recicladores feirenses: “Peço a esta Casa, que providencie um projeto criando o dia dedicado ao pessoal da reciclagem, aqueles que reciclam e cuidam do meio ambiente”.
Alberto Cerqueira Neto, assessor de Comunicação da Ginga Recicla, complementou a fala, destacando a importância da coleta seletiva e o beneficiamento do lixo urbano. Ele mencionou uma audiência pública em Riachão do Jacuípe, onde uma empresa multinacional investirá cerca de R$ 50 milhões na instalação de uma usina de beneficiamento de resíduos sólidos. “Lá não tem aterro. Tudo é depositado em lixão. E isto pode estar contaminando o solo, e consequentemente o rio Jacuípe”, alertou Neto. A usina, segundo ele, gerará cerca de 60 empregos diretos e 300 indiretos. "Além dos benefícios financeiros, irá promover desenvolvimento em toda a microrregião. Nós, vimos isto como bons olhos. E os representantes da empresa sinalizaram o desejo de fazer um estudo também para implantação de uma usina em Feira”, garantiu o assessor.
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