A Fundação Hemoba celebrou nesta quinta-feira (13) os dois anos do Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme Rilza Valentim (CERPDF/Hemoba). Durante a cerimônia, foi anunciado o Comitê de Prevenção e Combate ao Racismo na Hemoba, composto por 12 membros (seis titulares e seis suplentes). A ocasião também marcou uma homenagem póstuma ao arquiteto Antonio Carlos Lima Nascimento, responsável pelo projeto do centro, cujo auditório recebeu seu nome.
O novo comitê terá como missão promover ações de conscientização e capacitação por meio de palestras e cursos, além de elaborar normas, materiais educativos e relatórios para combater as desigualdades raciais. Suas atribuições incluem a construção de parcerias, o apoio à transparência em casos de discriminação e o acompanhamento de processos seletivos para garantir a inclusão de grupos historicamente marginalizados.
Estiveram presentes representantes da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), Larissa Ramos; da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (SEPROMI), Ubiraci Matildes; Marilda Gonçalves, diretora da Fiocruz Bahia; Rívia Barros, superintendente Vigilância e Proteção da Saúde (Suvisa); e Almir Bastos, da Associação Baiana dos Hemofílicos (ABHE), além de funcionários, coordenadores e diretores do Centro e da Fundação Hemoba.
Em seus discursos, os presentes destacaram a importância do CERPDF para o atendimento de pessoas com doença falciforme e elogiaram a criação do comitê antirracismo. A diretora do CERPDF, Anelisa Streva, agradeceu aos colaboradores: “Se hoje comemoramos esses dois anos, comemoramos porque temos os colaboradores. Muito obrigada a cada um que faz a diferença e possibilita o atendimento com essa qualidade às pessoas que são tratadas conosco de todo o estado da Bahia.” O diretor-geral da Hemoba, Luiz Catto, reforçou a relevância do comitê e agradeceu a participação de todos. Marilda Gonçalves, da Fiocruz Bahia, enfatizou: “O Centro sempre foi um sonho, um pensamento de criarmos esta unidade de tratamento para doenças falciformes e outras doenças benignas do sangue. Que, a cada ano, possamos comemorar conquistas como a criação do Comitê Antirracismo.”
Criado para ampliar e qualificar o tratamento de pessoas com doenças hematológicas benignas na Bahia, especialmente a doença falciforme (DF), o CERPDF já realizou 230.285 atendimentos. O serviço oferece atendimento ambulatorial em diversas especialidades, incluindo hematologia, gastroenterologia, nutrição, psicologia, odontologia, fisioterapia, serviço social e assistência farmacêutica, além de agência transfusional e doppler transcraniano. O centro acompanha cerca de cinco mil pacientes com DF na capital e interior, fornecendo assistência transfusional e farmacêutica, inclusive medicamentos de alto custo. A Bahia apresenta a maior incidência de DF no país devido à sua população majoritariamente negra e à ampla miscigenação racial. A doença é caracterizada por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que assumem formato de foice, dificultando a circulação sanguínea.
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