Ontem um deputado falou assim na Câmara: "Por mim, eu quero mais é que o Lula morra, eu quero que ele vá para o quinto dos infernos. É um direito meu. Não vou dizer que eu vou matar o cara, mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos".
Esta fala do deputado Gilvan, um policial federal do Espírito Santo, aconteceu na votação de um projeto que propõe o seguinte: os seguranças do presidente não podem portar armas.
O projeto é do deputado delegado Bilynskyj, de Sao Paulo. A justificativa da ideia brilhante é que o governo é contra as armas e então os seguranças do presidente não devem portar armas.
O grau de imbecilidade destes dois parlamentares é tamanho que acho até dispensável entrar no mérito do que eles dizem e propõem. É gente que não deveria estar no parlamento, mas que chegou lá pelo voto. Então, eles têm o direito de pensar como quiserem e falar também. Só não podem achar que o que falam não tem consequência.
No caso desse que deseja ardentemente a morte de Lula, a Advocacia Geral da União pediu que a Polícia Federal abra um inquérito; que vai dar em nada, porque os governistas não têm força para cassar um deputado da oposição hoje em Brasília.
O que nos resta é melhorar a educação, a consciência do povo, essas coisas demoradas, que exigem paciência, para que tipos como esses não consigam votos para chegar a deputado ou senador. Aliás, nem a vereador.
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A Câmara de Feira, por sinal, acabou de aprovar uma pequena mudança no regimento que tem a ver com essa questão.
Por sugestão do vereador Ismael Bastos, o regimento agora diz que “o vereador goza de inviolabilidade por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos proferidos no exercício do mandato”.
A diferença é esse QUAISQUER, que foi acrescentado para reforçar o direito à livre expressão dos vereadores. Vamos torcer para que isso não anime os nossos parlamentares para pronunciar barbaridades como as de ontem em Brasília.
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O Lula, que tem motivos mais sérios para se preocupar, como as consequências da guerra de tarifas do Donald Trump ou sua própria queda de popularidade, teve que encarar ontem uma questão da qual fugia desde o início do seu governo, que é o caso do ministro Juscelino Filho, que é do União Brasil e cujos malfeitos foram revelados na imprensa logo quando ele assumiu. Lula fez vista grossa até onde deu, ou seja, mais de dois anos, porém, diante da denúncia apresentada contra ele pelo Procurador Geral da República, Paulo Gonet, finalmente entendeu que devia uma satisfação para o eleitor e mandou o ministro passear, que é o que ele gosta, pelo menos quando é o dinheiro público que paga a conta.
Sensação
Vento
Umidade