O PL, partido de Bolsonaro, anuncia que ontem de noite alcançou as 257 assinaturas necessárias para colocar em regime de urgência o projeto de anistia do povo baderneiro do 8 de janeiro.
E quem deu essa ducentésima quinquagésima sétima assinatura? O deputado baiano Paulo Azi, do União Brasil.
Agora falta convencer o presidente da Câmara, Hugo Motta, a colocar o pedido na pauta de votações. Hugo Motta vai empurrando com a barriga para o final do mês, porque vem a Semana Santa, ele tem uma viagem para o exterior, e diz que quando receber as assinaturas completas, vai levar a questão para os líderes dos partidos.
Mas se reuniu quarta-feira com Bolsonaro para tratar do tema. O ex-presidente inclusive depois disso, está recomendando alterações para enxugar o projeto de anistia.
Pelo menos parte do governo já parece achar melhor negociar. Gleisi Hoffman, ministra que sempre se colocou contra qualquer concessão a quem participou da tentativa de golpe, teve ontem uma fala mais maleável.
Segundo ela, "anistia ou mediação de pena em relação a algumas pessoas do 8 de janeiro eu acho que é defensável. Acho que a gente até pode fazer essa discussão no Congresso."
O pessoal do STF não gostou e dentro do governo também teve manifestações contrárias ao que Gleisi disse, mas todas anônimas em conversas com jornalistas. Ninguém falou publicamente. Hoje Gleisi está tendo que se explicar e dizer que é contra a anistia. De qualquer modo, uma fissura se abriu no casco desta embarcação.
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