Por reunir a maior diversidade de espécies do Nordeste, a Bahia teve protagonismo em duas agendas nacionais de conservação que aconteceram em abril, com o trabalho realizado pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Entre os dias 7 a 15, o órgão integrou a elaboração de um plano de ação para a herpetofauna – grupo de anfíbios e répteis – e uma expedição científica para monitorar peixes-das-nuvens na Bacia do São Francisco.
Em Brasília, a Coordenação de Fauna do Inema participou da Reunião Preparatória para o 3º ciclo do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Herpetofauna do Nordeste (PAN Herpetofauna). O encontro teve como objetivo atualizar a lista de espécies ameaçadas, identificar riscos e organizar a oficina de planejamento prevista para junho, no Piauí.
A bióloga do Inema, Sara Alves, destacou a relevância da contribuição baiana. “A Bahia se destaca como o estado do Nordeste com o maior número de espécies no plano, e por isso nossa participação é fundamental para o alcance dos resultados esperados”, afirmou.
O Inema também participou de uma expedição científica coordenada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Aquática Continental (CEPTA), para monitorar espécies da família Rivulidae, conhecidas como peixes-das-nuvens. A expedição percorreu os municípios baianos de Guanambi, Palmas de Monte Alto, Pindaí, Candiba, Urandi e Caetité.
“É fundamental entender como podemos ajudar na preservação desses habitats, que são altamente vulneráveis à perda de áreas úmidas. Esses peixes vivem em ambientes aquáticos temporários e estão ameaçados por alterações no uso do solo, como o aterramento de lagoas e construções em áreas úmidas”, explicou Sara.
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