As cúpulas do União Brasil e do PP decidiram fazer a Federação partidária, por cima de pau e pedra, deixando os problemas para resolver depois.
A direção do União Brasil aprovou ontem à noite e hoje daqui a pouco, 3 da tarde, no salão nobre da Câmara, em Brasília, vai acontecer o lançamento da Federação União Progressista.
E como vão ficar as coisas na prática, nos estados? A aposta é que vão se ajeitando com o tempo. Olha a confusão.
Na Bahia, sabemos que o União Brasil é comandado pelo ACM Neto, maior nome da oposição, provável candidato contra Jerônimo Rodrigues no ano que vem, enquanto o PP já foi um dos maiores aliados do governo do estado e a maioria dos deputados quer voltar, de acordo com o presidente estadual, Mário Negromonte Júnior. Ele acha que se ACM Neto ficar no comando da Federação, deputados e prefeitos vão deixar o Partido Progressistas, que vai virar nanico na Bahia.
Em Feira, o prefeito José Ronaldo é do União Brasil e o PP está sob o comando do filho da vereadora Eremita, Yuri, que firmou aliança com Zé Neto na eleição.
Mas tem problema assim pelo Brasil todo. E ainda tem Ronaldo Caiado que se lançou candidato a presidente. Fizeram um acordo com ele. Se chegar em março a 10% das intenções de voto, terá apoio para ser o candidato da Federação.
Mas o plano mesmo de quem bolou essa união meio forçada é fazer a maior bancada do Congresso e se impor diante do presidente que for eleito ano que vem. Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, quer o lugar de candidato a vice-presidente do Brasil na suposta chapa de Tarcísio de Freitas.
E nem sobre a presidência da Federação existe acordo. O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, quer ser; o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, pelo PP, também quer. Talvez não consigam chegar a um acordo antes das 15 horas, hora marcada para o lançamento.
Será que vai dar certo esse saco de gatos?
Hoje também o PSDB e o Podemos ficaram de anunciar oficialmente a Federação, que diz que vai apresentar um candidato a presidente para ser alternativa moderada em relação a Lula e Bolsonaro.
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