Está de volta à cena política o ex-presidente Michel Temer. Quando o Temer se movimenta pode esperar que vem coisa. Tomou o lugar de Dilma em 2016.
Salvou Bolsonaro do impeachment em 2021, redigindo um texto de recuo quando Bolsonaro claramente ameaçou a democracia no 7 de setembro.
E agora, anda concedendo entrevistas e se reunindo com governadores potenciais candidatos à presidência.
Dizem que nos bastidores o que ele está fazendo é articular uma candidatura única da direita, mas excluindo Bolsonaro.
Tentando tirar Bolsonaro daquela condição em que, já que não pode se candidatar, controla o processo, escolhe o candidato e faz esse candidato ficar comprometido com ele, devendo a ele sua eleição. Como Lula fez em 2018, quando lançaram Haddad.
Os bolsonaristas já estão de olho bem aberto pro Michel Temer e dizendo que as articulações dele não mudam nada, porque só quem tem voto mesmo é Bolsonaro. Que os outros são a direita sem voto.
O pano de fundo dessa disputa na direita é o fato de que do outro lado, da esquerda, o nome de Lula está definido como candidato. E, por mais impopular que ele esteja neste momento, ninguém acha que será um candidato fraco. Por isso, a direita está preocupada em encontrar um meio de unir as forças desde o primeiro turno, mas tentando deixar o radicalismo de Bolsonaro de fora, porque o radicalismo espanta um grupo de eleitores que acaba sendo decisivo para o resultado.
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