Ontem a senadora Damares Alves, junto com a deputada Coronel Fernanda, deram entrada no pedido de CPI para investigar a ladroagem no INSS.
Precisava ter a assinatura de 27 senadores, elas conseguiram 36. E de 171 deputados, elas apresentaram 223.
Como é uma CPI mista, ela terá 15 deputados e 15 senadores, com prazo de seis meses.
Olha aí, sem contar que pode ser prorrogada, se acontecer e for prorrogada, entra em 2026, ano da eleição, com o governo apanhando como nunca.
Não vai dar certo botar a culpa no Bolsonaro, como já vêm tentando os governistas. Já está claro que a coisa explodiu foi no governo Lula, com a previdência sob o comando de um cidadão que há muito tempo é alvo de investigações e suspeitas, o Carlos Lupi, dono do PDT.
Não tem nada certo que essa CPI vai mesmo acontecer. O governo com certeza vai tentar impedir. Mas como o governo tem enormes dificuldades em votações no Congresso, não será surpresa se a CPI for instalada. Depende de decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que preside o Congresso nas sessões conjuntas.
Mesmo se não tiver CPI, de qualquer maneira a tentativa de criação já fragiliza o governo e pode ser usada pelos congressistas para emparedar, chantagear e arrancar mais algumas vantagens do Executivo.
Outra má notícia para o governo Lula. Previsível, mas agora confirmada: o tema repercute como nenhum outro. É assunto na internet, nas redes sociais mais do que foi o Pix, aquela crise meses atrás que deixou o governo nas cordas, até que acabou anulando a portaria que gerou a confusão toda.
O instituto de pesquisas Quaest, que monitora 30 mil grupos públicos em redes de mensagens como WhatsApp e Telegram, constatou que algumas mensagens defendem o governo. Sabe quantas? 3 por cento. 3% em milhões, quase quatro milhões de mensagens trocadas nas redes em um período de 15 dias. 3% defende, metade é batendo no governo e o restante, 47%, são mensagens que repassam notícias sobre o assunto. Claro que nesse assunto praticamente só tem notícia negativa pro governo. Ontem o Jornal Nacional abriu com quase 10 minutos sobre isso, fazendo uma retrospectiva desde o dia em que a Polícia Federal fez a operação que botou o escândalo na boca do povo e dando uma conotação de que o governo está muito lento ao tratar do assunto.
A pancada é forte. Não é à toa que o deputado Nikolas Ferreira já emplacou o vídeo bomba dele sobre o novo assunto, atacando o governo.
Esse tema, para mim, tem o potencial de ser decisivo na eleição. Como foi decisiva a pandemia, em função da estupidez de Bolsonaro ao tratar do tema. Lembrando que também teve na época uma CPI que ajudou muito a desgastar o ex-presidente.
Sensação
Vento
Umidade