"Sidônio Palmeira assume a Secretaria de Comunicação da Presidência da República."
Não sei se alguém é capaz de lembrar, mas essa notícia foi dada no dia 14 de janeiro, o ano mal começava. Faz cinco meses. Hoje em dia a gente não escuta mais falar com frequência no nome daquele que veio para salvar o governo da impopularidade. Sidônio assumiu o lugar de Paulo Pimenta em um momento de baixa e não conseguiu reverter. Ao contrário, a avaliação do governo está pior.
O máximo que se conseguiu desde janeiro, foi estancar a queda e hoje novamente parece existir uma tendência de baixa. Não por culpa do talentoso baiano publicitário Sidônio, penso eu. O que ocorre é que ele se deparou com obstáculos que são maiores do que a propaganda sozinha é capaz de transpor. Ele assumiu bem no meio da crise do Pix e desde abril vem rolando o escândalo do INSS, os descontos fraudulentos nas aposentadorias praticados por entidades autorizadas pelo próprio INSS.
Sobretudo, o governo carece de um rumo. Todo dia é uma trombada. Falta apoio no Congresso, falta unidade entre as diversas correntes que brigam pelo poder. O governo depende de partidos que estão dentro e ao mesmo tempo apostam no adversário, mesmo não havendo definição sobre quem será o candidato da direita. Enfim, fazer campanha é mais fácil que governar, inclusive no que diz respeito à propaganda.
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Ontem saíram duas pesquisas. Em uma, do Ipsos, que é o pessoal do antigo Ibope, Lula tem 43% de Ruim e Péssimo. No Datafolha, são 40%.
Bom ou Ótimo, são 25% no Ipsos e 28% no Datafolha.
Já esteve abaixo disso, dentro da margem de erro e depois melhorou um pouquinho. Mas os números de agora são piores que os da pesquisa imediatamente anterior.
Quando Sidônio entrou, a expectativa era de que três meses depois as coisas estariam melhores. Foi ele mesmo quem colocou esse prazo. Os prazos são importantes, porque o tempo vai passando, a eleição se aproximando e o espaço para recuperação ficando curto.
Aprovação abaixo de um terço do eleitorado, é um péssimo começo para entrar na disputa da reeleição.
Resta a Lula reverter o quanto antes e começar a subir, tentando converter os que estão na faixa do Regular, que também vem girando sempre em torno de um terço do eleitorado.
Sensação
Vento
Umidade