O BRASÃO E A BANDEIRA DA PRINCESA FORAM OFICIALIZADOS HÁ MENOS DE 60 ANOS

Com menos de dois séculos de existência, uma das mais importantes cidades do Brasil, Feira de Santana, mostra um desenvolvimento incomum que deixa o visitante admirado e o feirense orgulhoso. Naturalmente, tem seus símbolos representativos – o Brasão e a Bandeira –, privilegiando as cores verde e vermelho. Todavia, a consecução dessa identidade só ocorreu há 59 anos.

Emancipada do município de Cachoeira em 18 de setembro de 1833, como vila, e elevada ao nível de cidade (município) em 16 de junho de 1873 – ou seja, num espaço de apenas 40 anos, com uma população de aproximadamente cinco mil habitantes, como prova incontestável da sua natural tendência de crescimento e progresso –, Feira de Santana, no entanto, permaneceu durante longos anos sem contar com o Brasão e a Bandeira, que são os símbolos ou insígnias oficiais e indispensáveis a qualquer unidade da Federação, seja estadual ou municipal. Todavia, só quase um século depois – para ser exato, 93 anos após –, já registrando uma população estimada em mais de 180 mil habitantes, a Princesa do Sertão passaria a contar com esses indispensáveis símbolos cívicos.

Isso ocorreu no dia 19 de dezembro de 1966, portanto há 59 anos, mediante Decreto-Lei nº 507, de autoria do professor Joselito Falcão de Amorim, prefeito municipal (1964/1967), indicado pela Câmara de Vereadores em substituição ao advogado Francisco José Pinto dos Santos, eleito pelo voto popular e deposto pelo governo militar, tendo ocupado a Prefeitura de Feira de Santana pelo breve período de 14 meses — de abril de 1963 a maio de 1964. A instituição do Brasão e da Bandeira do Município foi lavrada com as assinaturas do prefeito Joselito Falcão de Amorim e dos secretários municipais: Tancredo José dos Santos (Finanças), José Joaquim Lopes de Brito (Viação e Obras Públicas), Almiro Almeida Vasconcelos (Educação e Cultura), Antônio Freitas Costa (Agricultura) e Augusto Matias da Silva (Saúde e Assistência Social).

Todavia, a oficialização do Brasão e da Bandeira de Feira de Santana só ocorreria dois anos depois, no dia 26 de julho de 1968, na gestão do prefeito João Durval Carneiro (1967/1971), durante solenidade realizada na Praça da Bandeira, prestigiada maciçamente pela população feirense e com a presença de autoridades como o governador Luís Viana Filho, o prefeito João Durval, o ex-prefeito João Marinho Falcão e a senhora Maria Bereniza Bahia da Silva, paraninfos do ato, e o primeiro bispo diocesano, Dom Jackson Berenguer Prado, que procedeu à bênção do pavilhão de Feira de Santana.

A ata de oficialização dos símbolos da Cidade Princesa foi assinada pelas seguintes pessoas: Luís Viana Filho, João Durval Carneiro, Dom Jackson Berenguer Prado, Manoel da Costa Falcão, Dival Pitombo, Alberto Sampaio Oliveira, Newton da Costa Falcão, Petronilo Pinto, Edival Souza, Manuel Henrique Barradas, João Batista Carneiro, Dourival Costa Oliveira, Antônio Erudilho, Yeda Barradas Carneiro, Itaracy Pedra Branca, João Serafim de Lima, Wilson da Costa Falcão, José Maria Nunes Marques e Helder Loyola Guimarães Alencar.

O Brasão de Feira de Santana consta de escudo tendo acima torres de prata, buzina de caça em ouro, bordado em prata, contendo oito peças — quatro bilhas cerâmicas de goles e quatro cestas carregadas de frutas —, há uma haste de fumo e uma cana de milho e, em letras de ouro, Feira de Santana. Já a Bandeira oitavada de branco consta com dezesseis faixas verde e vermelho, em dupla, no sentido horizontal/vertical, partindo de um retângulo central. Ainda pela Lei nº 507, de 19 de dezembro de 1966, foi criada a Ordem Municipal do Mérito, com o objetivo de premiar pessoas merecedoras mediante a prestação de relevantes serviços ao município, desde que não se trate da obrigatoriedade do exercício do serviço público.

Por Zadir Marques Porto

Foto: ACM e Arquivo Municipal

Fonte: Prefeitura de Feira de Santana

#FEIRA DE SANTANA

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